AVISO
DE PERIGO: essa
crítica é detalhada e contém SPOILERS, portanto se ainda não conferiu o filme, leia por
risco próprio.
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É difícil olhar para Halloween – A
Noite do Terror (1978) com um olhar crítico, porque SEMPRE o emocional fala mais forte. É o filme que mais marcou minha vida, em todos os sentidos. Então,
se você não se identifica com a obra do diretor John Carpenter, sinto muito em
afirmar que pontos negativos vão ser quase inexistentes; não tem motivos, o
filme é excelente. Me lembro de quando assistia a fita VHS da projeção quase todos os dias, coisa que ainda ocorre de vez em quando nos dias atuais, talvez pelo forte apego que desenvolvi pelo ótimo orquestramento que acompanhamos durando 90 minutos. Não só isso, Halloween consegue realmente impressionar com uma premissa realista e cotidiana, antes do que veríamos na década seguinte e suas atrocidades de clichês. Aqui temos um grande marco dos anos 70 e até mesmo da sétima arte geral, pois essa obra foi essencial em consagrar John Carpenter como um mestre do horror, atirar Jamie Lee Curtis ao estrelato, e introduzir inúmeras situações que seriam muito explorada nos próximos anos.
Com orçamento de “meros” 325 mil e
retorno de 70 milhões, a película se torna indispensável para qualquer amante
do gênero. Desde a atmosfera noturna única, o clima de Halloween, enredo bem
trabalhado, personagens interessantes... Segue um legado totalmente admirável. É claro,
hoje Jason Voorhees é mais popular que nossa eterna criança de olhos negros,
mas Michael Myers sempre será único. Gostaria de ter nascido na época para
acompanhar o que pode ser chamado de “Grande Ascensão dos Slashers”, tendo Halloween inspirado
franquias famosas, que razoavelmente tentavam imitá-lo em suas premissas (incluindo Sexta-Feira13 em 1980), mas nunca com o mesmo hype. A franquia Halloween teve 8 filmes e 2
remakes por enquanto, mas como diz a frase que idealizou a trama, "the one, the only, the classic”, nada pode superar o clássico original.
Para quem já é amante da franquia,
provavelmente deve saber que ela pode ser dividida em duas linhas temporais:
Halloween 1, 2 e H20 fecham uma trilogia baseada em Laurie Strode, com os
eventos sendo desenrolados com poucos furos e uma premissa muito mais realista; a outra, porém, fica devendo:
Halloween 4, 5 e 6 fecham outra trilogia tentando “explicar” a maldade por trás
de Myers, envolvendo rituais de Thorn e até uma curiosa ligação com Smith’s
Grove. Deixando claro que essas linhas temporais excluem Halloween Ressurreição,
e óbvio, os péssimos remakes idealizados por Rob Zombie... Mas isso é papo para outras críticas, então vamos
lá.
Gosto de lembrar que logo no inicio da minha fita VHS, possui uma pequena "estabilização" no áudio (ou talvez alguma imperfeição no rolo), fazendo o tom diferenciar brevemente por uma fração de segundos. Situação bizarra e charmosa, que sempre sinto falta quando vou assistir o filme em DVD, onde temos a qualidade remasterizada que já dominou todas as obras atuais. Pois bem, ouvimos a sensacional
trilha sonora, feita pelo próprio John Carpenter (clique aqui para ouvir). É uma trilha sonora que
assusta e preocupa ao mesmo tempo, e nunca vai sair de sua cabeça (acredite em mim); sempre que o
assassino aparecer, ela vai tocar. Esses dias, li um comentário que um rapaz
afirmava que o filme era ruim, porque tocava uma “musiquinha irritante” toda
hora... Sério mesmo? Mas enfim... Uma abóbora macabra ilumina parcialmente a
tela, e enquanto vemos os créditos em fonte laranja, ela vem crescendo até a perspectiva entrar em seu olho, e assim o filme começa. Acho interessante como a “câmera”
entra no olho da abóbora, então vemos a abertura na visão de Michael Myers...
Pure Evil... E sim, leitores, é realmente muito difícil não entrar no clima com essa abertura (ou não se sentir incomodado), pois ela carrega um peso dramático impressionante. Experimente assistir isso sozinho, no escuro, quando o relógio bater exatamente meia noite; é sensacional e nostálgico.
A lendária abertura... "Trick or Treat"!
A trama é bem simples (como era
típico dos slashers da década): garoto de seis anos assassina sua irmã a
facadas na noite de Halloween (em uma clássica abertura, por sinal). Michael Myers
então é condenado em Smith’s Grove, um hospital para doentes mentais, e fica
aos cuidados do psiquiatra preocupado Samuel Loomis (magistralmente interpretado
por Donald Preasence). 15 anos depois, na véspera do Halloween de 1978, Myers
lidera uma fuga numa noite chuvosa, voltando para sua cidade natal com objetivo
de matar sua irmã adotiva Laurie Strode (o fato de ela ser irmão de Michael, no
entando, é revelado somente no segundo filme, clique aqui para ler a crítica).
Judith Myers (irmã que Michael
assassina quando criança) é um grande mistério para os amantes da franquia,
pois ela foi o passo inicial na jornada do assassino. Não temos nenhum motivo
ou explicação da razão pela qual o menino voltou de pedir doces (vestido de
palhaço) e se armou calmamente com uma enorme faca de cozinha, esperou o
namorado dela sair (um inútil qualquer chamado Dan) e a esfaqueou brutalmente
no quarto mal iluminado, expressando somente vazio em suas feições sem fundamento.
Extremamente interessante que, após a abertura do
assassinato filmado em “primeira pessoa”, os 15 anos são pulados para a noite
da fuga de Myers, agora com 21 anos e muita agilidade nas veias. A cena da fuga
no hospício é tenebrosa, e era uma das que mais me metia medo quando criança:
somos apresentados brevemente ao tal psiquiatra Loomis, um senhor completamente
amargurado e preocupado pelo fato de que seu paciente mais suspeito, no caso
Michael, vai ser levado ao juiz para mudança de custódia. Ele conversa esse
fato rapidamente com sua enfermeira pessoal Marion (Nancy Stephens), enquanto chegam
de carro no hospício, e encontram todos os pacientes já soltos no campo
chuvoso, iluminado somente por relâmpagos. Loomis usa palavras tão rápidas e
fortes para descrever Myers, que o público não precisar ser um gênio para se
convencer que a fuga do rapaz está resumida em um desastre. Lembrando que nessa
cena vemos Myers rapidamente pulando por cima do eterno automóvel marrom do
hospital e o roubando depois de Marion entrar em desespero (esse veículo ele
usará durante quase o filme todo, outro fato memorável).
Michael Myers após assassinar sua irmã Judith.
A partir dai, começamos a acompanhar Laurie Strode (Jamie Lee Curtis, a scream queen mais sensacional de
todas <3), uma jovem estudiosa que basicamente "não pega ninguém”, vive deprimida, loura e com uma
postura memorável. Depois de Laurie Strode, uma virgem nunca mais morreu nos
filmes do gênero (rsrs). Residente na pacata cidade de Haddonfield, Illinois,
ela é filha de um imobiliário que, curiosamente, esta vendendo a antiga
residência dos Myers, onde o garotinho matou sua irmã mais velha. Haddonfield é
uma pequena cidade tranquila, que não tem nenhum problema, somente os jovens
baderneiros.
Laurie tem 17 anos e é estudante na
escola principal, além de ser babá com sua amiga, nas horas vagas. As amigas de
Laurie: Annie e Lynda são inúteis, como esse gênero viria a abusar futuramente
(lembrando que as duas são dadas como bem relacionados com rapazes, enquanto
Laurie só fica chupando o dedo durante o filme todo). Lynda é uma loira burra
que só presta para falar “totally” e “weird”, seus bordões escrotos. Já Annie,
filha do xerife local Leigh Brackett, sempre com suas piadinhas sexuais e
indiretas pelo fato de Laurie ser virgem (apesar de nunca citado, essa dedução
é óbvia após ver certas atitudes dela). Destaque para a cena em que ela e Annie
fumam um baseado ao som de “don’t fear the reaper”, conversando sobre a
paixonite de Laurie, Ben Tramer, e não reparando que estavam sendo seguidas por
Myers e seu automóvel roubado. Uma atmosfera construída com perfeição.
O trio de excêntricas: Laurie, Lynda e Annie.
Laurie e Annie vão ser babás naquela
noite de Halloween, do típico garoto curioso e assustado Tommy Doyle, e também
da garota Lindsey Wallace, CHATA que só ela mesma. O dia segue tranquilamente
com a maioria dos jovens na escola (inclusive Michael faz uma clássica aparição
no local, com seu carro roubado), e reparamos que o assassino segue o garoto
Tommy justamente para chegar a sua babá. Por falar nisso, Laurie vê Michael
toda hora: pela janela da escola, atrás de um grande arbusto, no quintal de sua
casa... Mas sempre é brevemente, como se fosse uma alucinação, então ela nunca
desconfia, só fica encanada, ainda mais com o clima assustador do feriado.
Enquanto isso, o psiquiatra de
Michael, Dr. Loomis, já sabe que o paciente vai voltar a matar e tenta alertar todo
mundo: primeiro o chefe de Smith’s Grove, Terence Wynn (se indagando como
Michael aprendeu a dirigir), depois a polícia de Haddonfield, e por último, o
xerife da cidade, Leigh Brackett, pai de Annie. Loomis sempre se mantem com uma
carga dramática contagiante, ele é o ÚNICO que realmente conhece Myers. Esse é
o filme que vemos o psiquiatra contido, mesmo sabendo o que vai acontecer; ele
se concentra em encontrar o paciente o mais rápido possível, antes que alguma
desgraça aconteça na cidadezinha.
Na estrada rumando para Haddonfield,
Loomis encontra um automóvel abandonado, junto de uma camisola branca de Smith’s
Grove; portanto, Myers havia matado um mecânico durante a noite e roubado seu
macacão preto. Logo depois, quando encontra o xerife para alertá-lo,
descobrimos que alguém roubou uma loja, levando uma máscara, facas e cordas...
Alguma dúvida de quem foi? hahaha... Existe uma sequência muito interessante,
em que Myers dirigindo o carro, para no semáforo diante de Loomis... Se o
psiquiatra tivesse avistado o carro roubado... Simplesmente não teríamos tantas
histórias!
Mas enfim, quando a noite cai, Laurie
e Annie chegam às residências que vão ser babás (uma casa diante da outra, por
sinal) e o filme fica cada vez melhor. Laurie cuida do garoto Tommy, e Annie da
garota Lindsey; ambas se mantem em contato pelo telefone, mesmo estando em
casas vizinhas. Existem várias cenas que Tommy olha pela janela e avista
Michael do outro lado da rua, e o menino sempre perguntando para Laurie se era
o BICHO PAPÃO; a babá não acredita em nada é claro, mesmo tento visto um homem mascarado
o dia todo (!!!).
Loomis consegue a ajuda do xerife
Brackett, mesmo ele não acreditando na palavra do psiquiatra. O xerife sempre
se mantem cético com relação a Myers, pouco acreditando no que Loomis conta.
Destaque para a cena que os dois vão até a antiga residência dos Myers, com
intuito de esperar o assassino; logo na sala abandonada, encontram um cachorro
morto e Loomis afirma que provavelmente Michael teve fome. Isso entrega todo um
“up” no universo criado, nos deixando curioso para conhecer mais sobre o nosso
assassino.
Logo Annie leva a garota Lindsey para
Laurie cuidar (pouco desgraçada em...), porque pretende “sair” com seu namorado
Paul... Claro, TUDO sempre tem que ser resolvido por Laurie, e ela, como grande
amiga de Annie, aceita cuidar da garota chata, junto de Tommy. Como todos devem
imaginar, Annie é a próxima vitima de Myers: ao entrar no seu carro, ele esta
esperando deitado no banco traseiro, e rasga sua garganta com a grande lâmina;
uma das mortes mais clássicas de toda a franquia, inesquecível. Esse é um fator
que torna o filme completamente tenso, diferente de Sexta-Feira 13, onde Jason
Voorhees entra em um local estourando a porta e assassinando a vitima com
brutalidade, Michael Myers simplesmente espera... Espera talvez a hora certa,
ou espera talvez, para se “deliciar” com a visão de cada ser humano antes de
eliminá-los. O jeito com o qual ele se disfarça na escuridão, observando as vitimas
pelas janelas, varais e sebes, fazem o clima de suspense estourar.
Logo é a vez de Lynda, que chega à residência
dos Wallace com seu estranho namorado Robert “Bob” Simms, um adolescente
retardado e folgado que pilota uma van azul. Os dois vão até a residência
“vazia” com o único objetivo de TRANSAR na noite de Halloween (lembre-se que
isso é um filme de terror rsrss). Aqui temos uma das cenas mais memoráveis, com
Myers assassinando Bob na cozinha, quando o mesmo vai buscar cerveja; logo em
seguida, o foragido veste um lençol branco com os óculos de sua vitima (clássico),
se disfarçando do namorado de Lynda. Impressionante a capacidade e preocupação
de Myers, fazendo tudo no modo “stalker” sempre observando suas vitimas antes
de matá-las. Michael Myers é aquele assassino que nunca corre atrás de seus “objetivos”,
mantendo o telespectador com os nervos a flor da pele em suas perseguições
perturbadoras, já demonstrando o tom da franquia, cheio de câmeras subjetivas,
com uma energia lenta quase poética. Sem deixar de mencionar a inesquecível respiração por baixo da máscara, uma das características mais marcantes do personagem, que infelizmente foi suavizada nos próximos capítulos, deixando suas aparições mais silenciosas.
Quando as crianças dormem, Laurie
fica totalmente preocupado com a ausência de seus amigos. Inclusive ela se acha
muito calma e conservadora. Decidida a “acabar com a brincadeira” deles, ela vai até a casa dos Wallace, do outro lado da rua. Agora o clímax do
filme começa a crescer, já estamos no final. Rola uma cena perfeita com ela rumando em direção da casa, pela rua escura, enquanto ouvimos a maravilhosa trilha
sonora. Sabemos que dessa vez, Michael irá encontrá-la de uma vez por todas naquela noite de Halloween.
O clímax do filme é sensacional, com
Laurie encontrando os corpos de seus amigos no quarto. A partir de agora, vemos
a real atuação de Jamie Lee Curtis, com seus berros e gemidos absurdos. Michael
não perdoa em nenhum momento, a acertando com uma profunda facada no braço,
derrubando da escada e a perseguindo pela rua. A garota realmente faz um espetáculo,
gritando pela vizinhança que nem uma louca, mas como é noite de Halloween,
todos pensam que não passa de uma brincadeira.
O grau da película somente vai
aumentando (lembrando da clássica cena do guarda roupas), até que Loomis
FINALMENTE encontra seu paciente, depois de ter avistado Tommy e Lindsey
berrando pela rua escura. Ele entra em tempo de ver Laurie tirando rapidamente
a máscara de Myers (nessa cena podemos ver claramente o rosto dele, somente com
um olho machucado). Lommis o baleia com seis tiros, fazendo Myers cair
da sacada do segundo andar. Essa sequência é talvez uma das mais intrigantes,
porque após descarregar o revólver, o psiquiatra ouve Laurie
perguntando: “era o bicho papão?” e ele responde com sua profundida: “na
verdade, era”... Isso é perfeito no contexto, com Laurie nunca acreditando que
Tommy havia visto o tal BICHO PAPÃO, mas agora, ela tirando a conclusão por si
própria.
O final nos deixa de mente aberta
para uma GRANDE possibilidade de acontecimentos, que seriam explicados somente em Halloween II - O Pesadelo Continua (1981), filme que estabeleceu altos padrões na trama. Hoje pode parece um final
clichê, mas não deixa de ter seu charme na obra, e talvez seja o melhor
desfecho da franquia. Gostaria de falar tanto sobre o filme, mas a crítica já está começando a ficar razoavelmente longa. Halloween – A Noite do Terror (1978) sempre será um clássico
absoluto e insuperável, com qualidade absurda de imaginação. John Carpenter
prova que não precisa de INÚMEROS RECURSOS para contar uma EXCELENTE história.
A franquia voltaria em 1981, seguindo um reinado de terror por muitos anos... É
o Dia das Bruxas que reina em nossos corações... É Halloween.
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TRAILER DE 1978:
CURIOSIDADES:
1) A máscara de Michael Myers é a mesma que William Shatner (o almirante Kirk de Jornada nas Estrelas) utiliza no filme The Devil's Rain (1975). O item foi comprado em uma loja próxima as gravações e foi modificada. Reza a lenda que a tal máscara custou apenas $2 dólares na época.
2) O filme foi rodado em 21 dias, durante a primavera de 1978.
3) O nome do personagem de Donald Pleasence (Samuel Loomis) foi uma homenagem ao clássico Psicose (1960), onde existe um personagem com o mesmo nome.
4) Os atores usaram suas próprias roupas e acessórios durante a filmagem, pois o orçamento não permitiu que um figurinista fosse contratado.
5) De acordo com a produtora e roteirista Debra Hill, a personagem Laurie Strode recebeu esse nome por, na realidade, ser o nome da primeira namorada de John Carpenter.
6) A atriz Jamie Lee Curtis somente foi escalada no elenco por causa da publicidade em torno do seu nome, já que ela é filha de Janet Leigh, que atuou em Psicose.
7) O semblante metafórico de Michael Myers foi criado justamente para ninguém se identificar com o assassino.
8) No roteiro original, chamado "The Babysitter Murders", os eventos do filme eram desenrolados em vários dias. Devido ao orçamento, a decisão de que o filme acontecesse em um apenas um dia foi necessária (reduzindo a quantidade de roupas e cenários que seriam utilizados). Depois foi decidido que o Halloween, noite mais assustadora do ano, era o palco perfeito para a trama.
9) Ninguém menos que Peter Cushing e Christopher Lee foram chamados para interpretar o Dr. Loomis, mas acabaram recusando pelo salário baixo. Mais tarde, Lee afirmou que aquele foi o maior erro que cometeu na carreira.
10) A abertura da abóbora demorou 2 dias para ser filmada.
11) Acredite se quiser: as luzes escuras (que proporcionam a clássica atmosfera sombria) foram uma necessidade da produção, pois não tinham dinheiro o suficiente para adquirir mais iluminação.
12) Durante as gravações das cenas iniciais (todas que são feitas do ponto de vista de Michael) a produção não conseguiu arranjar uma criança de seis anos até o dia final, então a roteirista Debra Hill se voluntariou para aparecer em todas as cenas em que vemos a mão de Michael. Esse é o motivo das unhas do jovem Michael serem bem acabadas e com visual de manicure.
CONTAGEM DE CORPOS (5):
Assassino Michael Myers:
Judith Myers: esfaqueada no peito enquanto se maquiava.
Caminhoneiro: morte offscreen, porém aparenta ter sido degolado.
Annie Brackett: garganta rasgada dentro do carro.