AVISO DE PERIGO: essa crítica é detalhada e contém SPOILERS, portanto se ainda não conferiu o filme, leia por risco próprio.
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Me sinto culpado em fazer essa crítica, porque sei que vou falar muita coisa negativa sobre O Massacre da Serra Elétrica 2 (1986) mesmo tendo um grande apego por esse capítulo. Me lembro que era bem pequeno a primeira vez que assisti, quando foi exibido altas horas da madrugada na televisão. Algumas cenas ficaram marcadas, foi assim que desenvolvi grande procura pelo filme um pouco mais tarde, até que consegui todas as fitas VHS da franquia lá no ano de 2007. Na época, a Cannon films e a lendária America Video lançaram a raríssima fita que contem os trailers de Hands of Steel (1986) e Berlin Affair (1985), com até mesmo propagandas da extinta empresa aérea Varig, quem já assistiu sabe bem do que estou falando! Enfim, demorou mais de uma década para essa produção chegar aos cinemas, continuando a história do clássico bruto de 1974 (clique aqui para ler a crítica). O filme é "guilty pleasure" do começo ao fim, mudando completamente o tom da franquia sem muitas explicações, com uma energia oitentista forte. Aqui temos Tobe Hooper novamente na direção, mas errando a mão em quase todos os aspectos, criando um filme "divertido", porém recheado de humor negro. Mesmo o longa sendo bem inferior ao original e cheio de furos de roteiro, ainda não deixa de ter um grande valor nostálgico para mim, e realmente gosto MUITO dessa parte 2... Provavelmente foi o filme que mais assisti da franquia, sempre colocava para passar antes de dormir, uma tradição! Mas enfim, vamos começar a nossa conversa cabeça.
Logo no inicio, temos uma sequência com dois jovens DESGRAÇADOS DE CHATOS... Pilotando uma Mercedes dourada e tacando o terror na estrada do interior norte-americano. Buzz é o piloto garanhão de suéter amarelo. Seu amigo é um lunático que se denomina Rick The Prick (Rica o Pica na legenda do VHS kkkkkkk). Os dois estão causando em alta velocidade com o carro, dando tiros com uma Magnum em placas e tirando uma picape da estrada, apenas por pura brincadeira e diversão... Aparentemente vai acontecer um jogo de futebol na cidade e os jovens estão MUITO ansiosos. Podemos reparar como o estilo e a estética da franquia mudaram drasticamente em comparação com o antecessor. As músicas oitentistas e o naipe da direção dão um toque mais "recente" na obra, a trilha sonora principal também é muito boa (clique aqui para ouvir), tudo muito diferente daquela fotografia caseira do primeiro filme; parece que Hooper evoluiu sua visão estérica, mas errou a mão. O curioso caso de quando a criação se volta contra o criador.
Desgraçados!
Mas enfim, os dois jovens fazem questão de ligar para uma rádio de disc jockey chamada K-OKLA, com um telefone dentro do carro, somente para irritar a bonita radialista Stretch (Caroline Williams) e se recusarem a encerrar a chamada. Também existe o inútil L.G, um caipira resmungão que trabalha na rádio e vive cuspindo saliva nos lugares (sério, esse cara anda pela rádio cuspindo pra todo lado). Como já é costume em muitos slashers,os personagens são totalmente rasos e sem muito carisma, fazendo você pouco se importar com eles, servindo somente como estratégia para subtramas e aumentar o body count... Tudo parece uma brincadeira alucinante.
Quando a noite chega, os jovens ligam novamente para a rádio, com o intuito de segurar a linha novamente. Acontece que uma picape surge das sombras, quando se aproximam de uma ponte (interminável, por sinal), e os jovens, que não são nada burros, logo pisam no acelerador e são SEGUIDOS DE RÉ pela picape. Tudo bem até então, porque finalmente vemos esses dois retardados apavorados, mas logo surge o lendário Leatherface em cima da picape, usando o corpo de Nubbins Sawyer (o andarilho do primeiro filme) como “roupa” para aterrorizar os garotos. Nesse momento já sabemos o que esperar do longa: nada que precise se levar a sério, até mesmo Tobe Hooper confirmou isso. No entanto, assumo que o capítulo tem bons momentos e me sinto mal quando critico negativamente, mesmo sabendo dos vacilos. É estranho, quando se é criança, certos filmes são ótimos! Mas depois de um tempo, seu olhar acaba mudando, mas o sentimento continua o mesmo.
Logo ele saca sua motosserra, provavelmente aprimorada, porque conseguiu serrar o carro (se lembram do caminhoneiro que ajuda Sally Hardesty? rsrs) e cortar diretamente o topo da cabeça de Buzz, com a excelente maquiagem do mestre Tom Savini. Lembrando que tudo isso acontece no embalo dos flashbacks oitentistas e com a radialista Stretch ouvindo cada detalhe.
A famosa ponte que não acaba nunca.
A partir dai começamos a seguir os passos de Stretch, e concluímos que ela é a protagonista do filme, apesar de eu preferir que fosse o cowboy metido a policial Lieutenant Enright, conhecido com Lefty, que procura os assassinos de seu sobrinho Franklin Hardesty, já sabendo que são uma família de canibais que usam uma motosserra. Isso pode parecer interessante, mas o filme não se esforça em quase nada para realmente se tornar interessante. Lefty é curiosamente interpretado por Dennis Hopper, que deve ter vergonha da atuação e falta de profundidade do personagem. “Remember the Alamo, cowboy”...
Como comprar uma serra, com Dennis Hopper!
Lefty desconfia que os assassinos dos dois jovens são os mesmo que procura há anos, e resolve ficar por ali mesmo. Destaque para a bizarra cena que ele vai comprar algumas motosserras em uma lojinha de estrada; o cowboy durão não fala uma palavra sequer, somente faz um “teatro” com as motosserras, deixando o velhinho dono do estabelecimento completamente alucinado! Muito bizarro e nostálgico ao mesmo tempo, fazer o que...
Logo o velho cozinheiro Drayton Sawyer (Jim Siedow novamente) aparece em um concurso de melhor chili caseiro, mais velho e sorridente. Lá solta a clássica “no secret, it’s the meat. Don’t skimp on the meat. I’ve got a real good eye for prime meat! Runs in the family!”. Ele ganha o concurso e recebe um belo troféu no formato do estado do Texas, com o clili em um pequeno caldeirão, é claro. Logo notamos que ele não é mais dono daquele mercadinho de estrada do primeiro filme, e agora pilota um grande trailer branco.
O grande cozinheiro mestre.
Acontece que Lefty quer divulgação sobre o crime que ocorreu com os dois jovens, e convence Stretch, a única que possui o crime gravado em áudio, a tocá-lo na rádio. Os assassinos estão a solta, e ele abraça a causa. Naquela noite, quando Stretch reproduz a gravação do assassinato ao vivo na rádio, eles vem para buscá-la. Em minha opinião, uma das melhores cenas do filme todo. Me lembro de quando era criancinha mesmo, e esse filme passou na televisão (não me lembro o canal), e essa era uma das cenas que mais me deixou encanado... “Chop Top” Sawyer, provavelmente o melhor personagem do filme, aparece na rádio como um hippie bizarro, branco como papel, cabelo fake e voz pipocada. Ele fala que é um fã das estações de rádio e pede para ela apresentar o local. Stretch, já assustada, mostra para ele a porta de saída (rsrs), criando um clima monstro. Realmente, essa cena funciona muito bem, apesar do contexto diferente na franquia.
Cachorrão.
Quando Leatherface aparece novamente (agora sendo referido como “Bubba"), acerta acidentalmente o irmão com a serra, fazendo o cabelo fake sair, nos revelando outra grande maquiagem do mestre Savini. Chop Top é completamente alucinado, com uma grande placa de metal em sua cabeça, que reza a lenda, ganhou na guerra do Vietnã. O morfético tira e COME PEDAÇOS DA PRÓPRIA CABEÇA quase toda hora, sempre com uma espécie de arame e isqueiro que usa pra ficar cutucando a placa. Um dos melhores membros da família Sawyer.
A partir dai o filme começa a ficar extremamente fraco, um dos motivos é que “estragaram” o personagem Leatherface; no primeiro filme era um medonho homem grotesco, parecendo agir por natureza e sempre submisso aos irmãos, falando até mesmo algumas palavras. Aqui, ele esta sempre com o terno preto, fica gritando e gemendo toda hora, e acreditem se quiser: ELE SE APAIXONA PELA RADIALISTA STRETCH (!!!)... Ao estar prestes a matá-la, no depósito sujo da rádio, ela fica “de pernas abertas” para ele (literalmente) e o mesmo simula estar praticando o velho “entra e sai, entra e sai”, usando sua velha motosserra como pênis (...).
Gosto da ideia em geral, enquanto ela treme de terror, ele parece estar alucinando no prazer, só que a cena é mal executada e praticamente estragam o personagem sem maiores explicações. Tudo bem, ele é um homem, bem capaz de se apaixonar pelo sexo oposto... MAS LOGO O LEATHERFACE?... Destaque para a morte de L.G, que chega ao local sem saber de nada, e é recebido por inúmeras marteladas na cabeça, dadas por um Chop Top animado ao extremo (e ele demora muito para morrer, muito mesmo).
A estação de rádio K-OKLA ao anoitecer.
Leatherface não mata sua nova paixão, e mente para o irmão demonstrando o oposto. Ao abandonarem a rádio, Stretch resolve segui-los, para ver onde é a localização da família de canibais. Uma ideia que tem tudo para dar errado, com certeza. Logo ela chega em uma antiga área abandonada (sempre quis saber mais sobre o local) que aparentemente é a nova residência da família, em uma cova no meio da montanha texana; nada de fazendas afastadas em tardes ensolaradas, aqui temos um local cheio de luzes coloridas, ossos retalhados e outras coisas estranhas que só servem para enterrar o verdadeiro tom da franquia, “it’s the Devil’s playground...”, como já dizia o solitário Lefty.
Com a família toda reunida novamente, podemos ver muitas mudanças, mas a personalidade de Drayton Sawyer consegue segurar a nostalgia que alguns fãs estavam procurando. Lefty aparece para ajudar Stretch, sabe-se lá como ele havia descoberto que ela estava ali... Só que nossa radialista acaba “caindo” dentro do local. Acho muito forçado a profundidade que tentam dar na relação Stretch/Lefty, com o cowboy durão DO NADA começando a se preocupar com ela, até mesmo a chamando de “sister” até o final do filme... Qual é... Ele quase NUNCA a viu na vida, como pode ter desenvolvido tanto apego? Furos e furos de roteiro... Apesar de existir uma cena interessante, em que Lefty encontra o corpo decomposto de Franklin Hardesty, ainda na cadeira de rodas, onde morreu.
Stretch na cova dos assassinos (usando a "cara de couro" de L.G).
De fato, o filme vai se tornando muito fraco agora... Como não sentir vergonha de Lefty "botando" a casa dos assassinos no chão com as motosserras? E de seus bordões forçados e escrotos como: "I'm bringing it down! Down the Hell!" ou então o ridículo "I'm the Lord of the Harvest!"... Porra, sério mesmo Dennis Hopper? Fora todas as cenas BABACAS que Leatherface protagoniza, completamente retardado e infantil em seus atos desajeitados. Stretch não tem a magnitude de Marilyn Burns no filme anterior, nem a mesma carga dramática. Ela sempre tem o mesmo grito e as mesmas feições e, com certeza, as piores cenas são dela tentando "humanizar" o lendário Leatherface.
Ainda por cima, descobrimos que L.G não morreu com todas aquelas marteladas na cabeça, e depois de ter tido sua pele "removida", acorda somente para ajudar Stretch a "fugir". No meio de muito sangue quente, poeira e rostos indiferentes, Stretch solta a desnecessária: "L.G, EU TE AMO"... Sério isso?! Realmente, a produção se esforça muito em dar alguma profundidade no roteiro, sem sucesso, é claro. O certo não é ficar comparando com o original, mas era tão simples... E funciona até hoje em dia! Qual é a dificuldade em repetir a fórmula?!
É impressionante ver o tanto que o roteiro gasta tempo com coisas inúteis, no lugar de desenvolver os personagens clássicos, e até mesmo os novos. Drayton Saywer sempre xingando os irmãos, Chop Top sempre pulando e fazendo comentários sem sentido, e o grande Leatherface, apaixonado e perdidos nos princípios da própria família.
De fato, o filme vai se tornando muito fraco agora... Como não sentir vergonha de Lefty "botando" a casa dos assassinos no chão com as motosserras? E de seus bordões forçados e escrotos como: "I'm bringing it down! Down the Hell!" ou então o ridículo "I'm the Lord of the Harvest!"... Porra, sério mesmo Dennis Hopper? Fora todas as cenas BABACAS que Leatherface protagoniza, completamente retardado e infantil em seus atos desajeitados. Stretch não tem a magnitude de Marilyn Burns no filme anterior, nem a mesma carga dramática. Ela sempre tem o mesmo grito e as mesmas feições e, com certeza, as piores cenas são dela tentando "humanizar" o lendário Leatherface.
Ainda por cima, descobrimos que L.G não morreu com todas aquelas marteladas na cabeça, e depois de ter tido sua pele "removida", acorda somente para ajudar Stretch a "fugir". No meio de muito sangue quente, poeira e rostos indiferentes, Stretch solta a desnecessária: "L.G, EU TE AMO"... Sério isso?! Realmente, a produção se esforça muito em dar alguma profundidade no roteiro, sem sucesso, é claro. O certo não é ficar comparando com o original, mas era tão simples... E funciona até hoje em dia! Qual é a dificuldade em repetir a fórmula?!
É impressionante ver o tanto que o roteiro gasta tempo com coisas inúteis, no lugar de desenvolver os personagens clássicos, e até mesmo os novos. Drayton Saywer sempre xingando os irmãos, Chop Top sempre pulando e fazendo comentários sem sentido, e o grande Leatherface, apaixonado e perdidos nos princípios da própria família.
"The saw is family".
Logo temos a clássica cena do jantar (o verdadeiro charme da franquia), muito parecida com a do antecessor. Só que aqui, temos o vovô Sawyer mais bruto e determinado, fazendo questão de torturar Stretch com seu pesado martelo. Acreditem se quiserem, ainda rola UM BEIJO entre Stretch e Leatherface, forçado por ele, é claro.
Não demora muito pra Lefty invadir o local, cantando “Bringing in the Sheaves” com sua enorme motosserra. E sério, o desgraçado enfia a serra no RABO do Drayton Sawyer (rsrs), além de ter um belo “duelo de motosserras” com Leatherface, já bem no finalzinho do filme. Para acabar com a confusão, o nosso velho cozinheiro pega uma granada (literalmente) e a detona no local, deixando no ar o suicídio, mas provavelmente matando Lefty, Leatherface e o vovô Sawyer. É triste ver personagens que tanto marcaram, simplesmente indo pro saco com uma explosão “offscreen”, sem o menor esforço do roteiro em nos contar algo conclusivo. Stretch consegue fugir com Chop Top na cola, sempre rindo e fazendo graças, até chegarem em uma alta montanha ao lado, já com o dia ensolarado no céu azulado (outro lugar que sempre quis conhecer mais, no final das contas).
Uma noite alucinante.
Nessa tal montanha texana, vemos o final da película, extremamente rápido e sem avisos. Existe uma espécie de santuário no local, em que a vovó Sawyer, um cadáver feminino deteriorado, carrega uma grande motosserra velha e com pouca gasolina. Novamente uma excelente maquiagem do mestre Savini, quando Chop Top começa a rasgar o próprio pescoço com um pequeno bisturi, mantendo seu sorriso sádico aberto no rosto.
Breve duelo de motosserras: Lefty vs Leatherface (rsrs)
Nos últimos momentos, temos uma Strech enlouquecida, com as costas sendo rasgadas pelo bisturi, enquanto tenta ligar a velha motosserra. Por fim, acerta Chop Top na barriga, derrubando ele da montanha... Mas ainda assim, não sabemos se ele morreu ou somente foi “inutilizado”. De última cena, para completar o teatro de horrores, temos Stretch berrando e “dançando” com a serra, no alto da montanha, igualzinho Leatherface no original, só que muito menos sofisticada que 12 anos atrás... O tempo colabora, mas nem sempre. E como já dizia a canção nos créditos: "strange things happen to a men on the road...".
Stretch pagando mico no alto da montanha...
O que falar de O Massacre da Serra Elétrica 2 (1986)? Mesmo com as falhas e vacilos, Tobe Hooper entregou um filme descontraído e divertido, que só comete o erro de tentar continuar a história macabra do capítulo anterior. O filme termina com um pensamento duvidoso: o que seria da franquia após esse momento desgastante? Estariam prontos para aguentar mais? É claro, porque a respeito de dinheiro, sempre existe tempo para se falar. A franquia voltaria alguns anos mais tarde, não nas mãos soltas de Tobe Hooper. E como todos já devem saber, O Massacre da Serra Elétrica jamais voltaria a ser o mesmo, com suas origens brutais e marcantes.
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TRAILER DE 1986:
CURIOSIDADES:
1) Tobe Hooper inicialmente criou o filme para mostrar uma cidade inteira de canibais, em um projeto com o enorme título "Beyond the Valley of the Texas Chainsaw Massacre".
2) Caroline Williams, a eterna Stretch, causou durante os testes de elenco. Ela saiu correndo pelo corredor do estúdio e entrou na sala dos produtores, que incluía Tobe Hooper. Provou ser dramática antes de fazer o teste.
3) Tobe Hooper gosta do filme por ele "não se levar a sério".
4) Existe uma cena deletada em que Leatherface e seus irmãos massacram um grupo de jovens num campo de futebol.
5) Dennis Hopper afirmou que esse é o pior filme que ele já fez.
CONTAGEM DE CORPOS (6):
Assassino Letaherface:
Buzz: topo da cabeça cortado pelo motosserra.
Rick The Prick: Acidente de carro ocasionado por Leatherface.
Assassino Chop Top:
L.G: inúmeras marteladas na cabeça.
Assassino Drayton Sawyer:
Drayton Sawyer (suicídio): com a explosão da granada.
Lieutenant “Lefty” Enright: com a explosão da granada.
Leatherface: aparentemente morto com a explosão da granada.
Leatherface: aparentemente morto com a explosão da granada.
Amo este filme!Eu tinha o VHS,mas passei pra DVD com tudo que tinha,até os trailers e propagandas.O filme passou primeiro no canal CNT (!!) em SP,depois várias vezes,e até de madrugada hoje em dia,no SBT.Os extras e cenas deletadas tem no youtube.
ResponderExcluirhttp://2.bp.blogspot.com/-i5_iZvj0H3I/UG9d-fCoVHI/AAAAAAAAAok/W-2ZAC6rPXs/s1600/o+massacre+2.jpg
a foto da capinha da América Filmes