sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

A Bruxa de Blair (1999) - Crítica

AVISO DE PERIGO: essa crítica é detalhada e contém SPOILERS, portanto se ainda não conferiu o filme, leia por risco próprio.
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Hoje a crítica vai ser bem diferente, principalmente porque a projeção Bruxa de Blair não carrega nenhum segredo complexo nem subtramas que precisam ser exploradas com mais detalhes. O filme é simples e muito eficiente, por isso, sem contar a análise do enredo, vocês vão encontrar MUITAS curiosidades nessa crítica. Enfim, mesmo chegando ao mundo em 1999, Bruxa de Blair já pode ser considerado um clássico do terror. O filme fez enorme sucesso nas bilheterias e quebrou inúmeras barreiras que o gênero não tinha alcançado até então, com um dos 100 maiores faturamentos americanos de todos os tempos, basicamente enriqueceu as possibilidades com seu formato agonizante de pseudodocumentário amador. Só para ter noção do sucesso, essa porra custou 35 mil dólares e faturou 250 milhões no mundo todo; foi um grande representante em nosso território nacional.

A produção traumática ficou marcada por ser caseira e despreparada, proporcionando o forte realismo que acompanhamos durante os 88 minutos de projeção. O filme foi vendido como história real (os atores usaram seus próprios nomes nos personagens para fortificar a ideia), e esse foi o truque que mais colaborou no sucesso estrondoso pelo mundo: as pessoas realmente acreditavam se tratar de fatos verídicos, e que as gravações foram encontradas (perdidas em latas pela floresta) após o acontecido. A triste história dos três jovens que se perderam em uma floresta assombrada e são consumidos pelo medo, já assombrou milhões de pessoas até os dias atuais. Eu sempre fui muito obcecado nessa obra, inclusive, assistia pelo menos 4 vezes por semana durante muito tempo; a narrativa te prende muito fácil, mostrando uma situação que aparenta ser real e pode acontecer com qualquer um. Até mesmo a versão dublada é boa, apesar da legendada continuar superior (ao agregar mais do drama necessário). Ótimo terror para se assistir em um domingo à tarde, deitado tomando uma cerveja, ou em uma bela noite com as luzes apagadas.

Heather sendo filmada por Josh.

Existem muitos malucos que adoram criticar a produção pelo fato da tal bruxa nunca aparecer em nenhum momento. É claro, se você for assistir esperando pilhas de corpos, banhos de sangue e uma bruxa supérflua, provavelmente vai se decepcionar. Tenho prazer em saber que as gravações são muito mais do que esses clichês efetivos no gênero; a história é calma, lenta e, por vezes, parada. No entanto, ela recompensa sendo tenebrosa, agonizante e totalmente interessante. Nunca assista Bruxa de Blair em uma ocasião descontraída, com bastante conversa e clima animado, isso vai estragar o valor do filme. Procure apreciá-lo concentrado nos acontecimentos, principalmente com o som alto, para se ter a melhor experiência possível; também recomendo, se alguém tiver a oportunidade, de assistir a projeção nas boas fitas VHS, que por se tratarem de autênticos rolos de filme, enriquece as imagens amadoras e tenebrosas. Sinta a energia. Cinema é sentimento.

Em outubro de 1994 três estudantes desapareceram em uma floresta perto de Burkittsville, Maryland, enquanto filmavam um documentário...
Um ano depois, as imagens foram encontradas.

É com essa frase macabra que a projeção começa, logo conhecemos Heather, Josh e Mike (todos os atores usando seus nomes verdadeiros para agregar realismo) um grupo de amigos que estão indo passar a noite em uma floresta supostamente assombrada em Burkittsville, no estado norte-americano Maryland, produzindo imagens (e visitando locações) para um documentário intitulado “The Blair Witch Project”. Para quem ainda não sabe, são os próprios atores que gravam o filme (como em Atividade Paranormal), contando com duas câmeras emprestadas para o trabalho: uma grava colorido e a outra em preto e branco. São dessas lentes que vamos acompanhar o drama vivido pelos três jovens durante aproximadamente sete dias.

Logo no começo, no primeiro dia, é tudo muito tranquilo, eles vão ao mercado fazerem as compras, bebem uísque, dão boas risadas... Porém, estão sempre curiosos para descobrir sobre a lenda da Bruxa de Blair. Antes de entrarem na floresta, os três saem pelas ruas da cidadezinha perguntando para os moradores se acreditam na tal bruxa. É nessa parte que o filme já ganha o público necessário, pois o assunto é bastante polêmico, e vários moradores têm opiniões diferentes sobre o caso. Um dos velhos entrevistados conta uma história muito interessante, sobre um homem que morava nas montanhas e provocou a morte de sete crianças pequenas (revelando o crime na cidade ao falar: “finalmente terminei”, levantando a teoria da bruxa ser um homem). Outro conta sobre uma garota desaparecida pela região que apareceu na varanda da casa da avó algum tempo depois, afirmando ter avistado uma “velha que nunca tocava os pés no chão”. É quente.

Chegando na floresta de Burkittsville.

Uma das pessoas entrevistada, um rapaz com seus vinte e poucos anos, afirma que sua avó contava vários contos macabros, revelando que a bruxa posicionava uma criança virada para a parede enquanto matava a outra, porque não conseguia suportar seus olhares. Obviamente, os três tratam tudo como velha lenda local. Heather é a mais extrovertida, sempre “contente por estar em um documentário de verdade”, nas suas palavras animadas. Já Josh é o sujeito pacatão e reservado, na maioria das vezes ele é a cabeça da equipe, com seu cabelão liso e corpo magrelo. Mike é o gordinho que todo mundo gosta, porém ele é o primeiro que perde a sanidade quando as coisas saem de controle.

Também entrevistam uma velha charlatona chamada Mary Brown, que afirma já ter tido um encontro com a Bruxa de Blair, ainda quando criança, enquanto pescava com seu pai. Ela conta que a tal bruxa ficou parada a observando entre as árvores, usava um xale comprido e tinha o corpo completamente cheio com pelos curtos e grossos, parecido com pelos de cavalo. Apesar disso, a cidadezinha inteira considera Mary Brown uma louca sem rumo, principalmente pelos hábitos incomuns e atitudes afetadas que ela demonstra.

Witchcraft? oh yeah.

No segundo dia, eles gravam tudo que precisam para o documentário, passando por locações extremamente interessantes no meio da floresta fechada. Com a câmera preta e branca, os jovens produzem as imagens que iram para o projeto final. Já a colorida é usada (principalmente por Heather) para gravar tudo o que vão fazendo pelo percurso, como se fosse os vlogs atuais. Portanto, o filme é em cores na maior parte do tempo, a câmera preta e branca é mais utilizada no começo e no final. Na primeira vista, parece um filme tranquilo, com um clima empolgante e dedicado por parte dos jovens, bastantes risadas, piadas na hora de escalar alguma elevação, fogueira do lado da barraca... Porém, certo clima é sentido (não por eles, mas pelo público curioso) correndo pelas árvores de troncos finos. A floresta é solitária e agonizante, sem quase nenhuma vida, nem mesmo selvagem, somente um estranho rato morto é encontrado por eles no percurso. Destaque para uma das locações que o trio passa na trilha de Black Hill: “Coffin Rock”, uma enorme pedra negra na beira do lago, a qual foi palco de uma história assustadora. Deixarei a história escrita abaixo, nas exatas palavras de Heather:

“Vieram preparados para encontrar a morte, mas o que encontraram foi a profanação da humanidade em um lugar que os caçadores se referiam como Coffin Rock... No topo da formação rochosa, se desenrolou a história de tortura imposta a esses cinco bravos homens, um preso ao outro, cada mão estava presa ao pé do outro, formando uma estrutura sólida de homens. Sangues nas cabeças indicavam que seus atos foram cometidos enquanto estavam vivos e capazes o bastante para lutar; os intestinos foram arrancados cruelmente do corpo de cada homem, em seus rostos pálidos foram escritas palavras indecifráveis, cortadas em suas peles com precisão impressionante.
Os caçadores ainda cobertos de horror pelo o que aconteceu, deixaram o local rapidamente para chamar o xerife e não copiaram a escrita ou removeram os corpos da pedra... Quando retornaram, abutres foram vistos na pedra, porém na busca, os corpos haviam sido removidos não se sabe por quem... O grupo de busca disse que o cheiro de morte ainda era forte, e quem retirou os corpos fez isso em apenas algumas horas... Isso aconteceu aqui, em Coffin Rock.”

Assustador, não?... Mas enfim, no terceiro dia, as coisas começam a darem errado. Primeiro eles se perder na trilha que constava no mapa, e Heather insiste que estão indo na direção certa. Os desentendimentos começam, principalmente por parte de Mike, já cansado e desconfiado que estejam perdidos. Quando chegam em uma das locações, encontram inúmeras pilhas de pedra bem posicionadas entre as árvores, como se estivessem marcando algum local; uma espécie de cemitério indígena, como deduziu Josh. As pedras aparentavam terem sido organizadas recentemente, isso indica que pessoas poderiam estar morando naquela região. Josh sem querer, esbarra e desmancha uma das pilhas ao tropeçar. Naquela noite, ouvem barulhos na floresta enquanto dormem na tenda, estalos no meio da madrugada, como se fosse o barulho de várias pessoas correndo. A princípio, eles pensam ser alguém tentando sacaneá-los, mas ninguém sabe que estão lá.

O explosivo Mike.

No chuvoso quarto dia, continuam tentando voltar para o carro, mas acabam errando o caminho novamente. Já preocupados, eles começam entrar em conflito pelas discussões sobre qual caminho é o certo (mesmo checando o mapa, não conseguem se localizar). Mike é o primeiro que perde a cabeça com seus berros pela floresta inóspita e, quando a noite cai mais uma vez, os três se encontram completamente fodidos. Inclusive, já eram para estarem em casa, pois na manhã seguinte precisam ir trabalhar e devolver as câmeras! Novamente os barulhos predominam sutilmente na madrugada, cada vez mais audíveis (já ouviu alguma folha de coqueiro ou palmeira caindo? É o mesmo som).

Como usavam a câmera preta e branca para filmarem o documentário oficial, sempre existem tomadas assustadoras durante a ausência de cor, geralmente mais focadas e com melhor dinâmica. Boa parte do filme é tela preta sem perdão, somente com os sons dos jovens conversado e do ambiente, principalmente durante as noites. O grau de realismo é muito forte, devido ao fato dos atores estarem realmente “perdidos” e desesperados naquela floresta durante as gravações; confiram as curiosidades que deixei no final da crítica, vocês vão encontrar muitas coisas interessantes!

Enfim, a situação só vai piorando nos próximos dois dias: eles acordam com várias pilhas de pedra ao redor da tenda, e o mapa desaparece. As discussões explodem quando Mike revela (gargalhando) ter chutado o mapa dentro do riacho em um momento de frustração. É isso ai! O desgraçado jogou fora a única chance que tinham de sair daquele lugar maldito! Gostaria de poder conseguir descrever o drama que esse jovens passaram, mas é impossível. A cena que Heather chora por pressão de Josh é sensacional, puro improviso dos atores. Por cima, eles descobrem estarem andando em círculos.

JOOOOOSH! JOOOOSH! KKKK

Desesperados e sem rumo, eles continuam seguindo pela floresta e acabam encontrando várias figuras e imagens construídas rusticamente, penduradas pelas árvores não se sabe por quem. É assustador. Heather se encontra obcecada por continuar gravando o documentário, registrando cada momento, enquanto é contrariada pelos dois rapazes, já perdendo a sanidade de suas mentes. O mais tenebroso é saber que alguém construiu aquelas figuras... Alguém que parece estar perturbando aquele local... Mas quem? Quem estaria fazendo isso pela floresta?

Naquela madrugada, de dentro da tenda, eles ouvem crianças chorando em algum lugar da floresta. A barraca também é atacada (chacoalhada violentamente), os fazendo fugirem pela penumbra. Todos os pertences dos três são quebrados, e uma gosma translúcida é encontrada nas coisas de Josh. Isso era um sinal, porque na quinta noite, Josh desaparece durante a madrugada (eles descobrem só quando acordam de manhã). Posteriormente, em uma das cenas mais angustiantes, Heather encontra os dentes e língua de Josh enrolados em um pedaço de sua camisa xadrez, abandonado ao lado da barraca. Ela fica atormentada, já sabendo o destino que terão, mas resolve não revelar nada a Mike para não piorar a situação. Não tinha mais o que ser feito. O pior é eles ouvindo, de dentro da barraca, durante a próxima madrugada, os gritos apavorantes de Josh pela floresta, implorando por socorro. É um terror que ninguém merece passar, simplesmente porque não tem como reagir de volta; você só pode assistir sem fazer nada. O filme ensina a lição de como assustar somente na indução: não vemos nada que faça pular da poltrona, mas sentimos o desespero com uma facilidade impressionante.

Os pedaços de Josh embrulhados na camisa.

No sétimo e último dia, Heather e Mike já estão completamente esgotados e sem esperanças. As gravações mostram pouco do que aconteceu durante esse último dia: vemos os dois dividindo um último cigarro (encontrado na mochila), Mike comendo uma folha seca... Tudo com poucos diálogos e uma tensa exaustão agonizante dos envolvidos. O documentário fica depressivo e com imagens mais paradas. Eles já não tinham mais esperanças, nem forças para gravar... Não após terem ouvido tantos gritos noite passada. É nessa etapa da gravação que o público fica esperto para avistar alguma suposta bruxa escondida em alguma cena.

O dia vai sendo mostrado brevemente, com várias imagens desacreditadas que enriquece o cansaço dos dois, sempre na perspectiva baixa e apaziguada, geralmente mostrando as copas das árvores ou o sol alaranjado se ponto para mais uma maldita noite de desespero. Quando a escuridão chega novamente, Heather protagoniza a famosa cena desabafando para a câmera, chorando e pedindo que todos perdoem a situação que se meteram (essa cena já foi imitada por inúmeros filmes, desde paródias até comédias como Todo Mundo em Pânico). Quando estão na barraca, ouvem novamente os gritos de Josh. Desta vez, eles resolvem irem atrás pela floresta escura. É brilhante o pavor criado pelo improviso dos próprios atores desconhecidos: não temos nenhuma trilha sonora, somente o silêncio lazarento do desconhecido; as respirações ofegantes ficam em nossas cabeças para sempre. Lembrando que nesse final, Mike registra suas imagens com a câmera colorida e Heather com a preta e branca.

O desabafo emocionante.

Os dois acabam chegando até uma cabana abandonada. Um lugar tenebroso só de pensar. Seguindo os gritos, eles entram no local sem pensar, Mike, inclusive, vai correndo para o andar superior... Eles se separam... Como revelado no começo do filme (durante a entrevista no primeiro dia), existia um assassino de crianças na floresta, e dentro dessa casa vemos inúmeras mãos de crianças marcadas nas paredes. Também ouvimos os gritos de Josh muito mais estridentes, parecido com crianças chorando, isso pode indicar que a suposta Bruxa de Blair é na verdade um homem, que também tem a capacidade de imitar vozes para atrair suas vitimas pela floresta.

Mike entra correndo no porão chamando pelo amigo, de repente, sua câmera cai no chão com um baque, deixando o cômodo silencioso. Não conseguimos ver o que aconteceu com ele. Fico arrepiado quando imagino o drama desgraçado que Heather passou nesses últimos momentos, ao começar chamar por Mike e ninguém responder mais, sendo que estavam juntos há alguns minutos. Ela entra no porão chorando, e berra ao vê-lo encostado na parede do canto, de costas para ela. Heather é golpeada brutalmente, e sua câmera cai no chão. A filmagem termina.

Hush little baby, don't you cry...

Esse final assustador é bastante polêmico, pois muitas pessoas não conseguiram entender. Pois bem, a explicação é bem simples: no começo do filme, uma das pessoas entrevistadas revelou que a bruxa virava as crianças na parede enquanto matava a outra, porque não aguentava os olhares presos nela. Foi exatamente isso que aconteceu com Heather, ao encontrar Mike virado de costas na parede (como uma das crianças) ela é assassinada friamente pelo ser desconhecido. Talvez se tivessem prestado atenção nas lendas que rolavam sobre a floresta de Burkittsville, nunca teriam entrado lá, e nada desse terror insuportável teria acontecido. Hoje em dia, pode existir pessoas que achem o final sem graça (os famosos leite com pera, criados pela franquia Jogos Mortais), mas basta um olhar mais envolvente para ser levado por tudo mostrado em tela; o filme é sim assustador, e sempre vai ser.

A Bruxa de Blair (1999) conseguiu inovar a incrível dinâmica de documentários no cinema, inspirando muitos outros projetos com seu sucesso arrebatador. Apenas um ano depois, em 2000, foi lançado A Bruxa de Blair 2 – O Livro das Sombras, péssimo filme que tentou embarcar no drama do anterior e acabou falhando miseravelmente. Mais recentemente, no ano de 2016, tivemos uma continuação deste filme original, contando a história do irmão de Heather, que entra na floresta para buscar informações da irmã. Enfim, fica aqui outra recomendação indispensável do terror. Se assustar com o desconhecido sempre vai ser uma experiência aconchegante... Ou traumatizante.
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TRAILER DE 1999:

CURIOSIDADES:
1) A velha cabana onde ocorre o final do filme existe de verdade e tinha mais de 200 anos na época das filmagens! O local era para ser demolido por abandono, mas devido ao filme o estado de Maryland mudou de ideia.

2) As filmagens duraram somente 8 dias! O investimento original foi de apenas 35 mil dólares, recebendo o retorno de 250 milhões (PQP) no mundo todo!

3) Para enriquecer o realismo que o filme precisava, a produção deixou os atores por conta própria na floresta afastada, fazendo Josh, Heather e Mike aprenderem sozinhos a manusear câmeras e equipamentos. Durante as noites, a produção assustava os jovens com pedras arremessadas na barraca, gritos de crianças no meio de madrugada e barulho agonizantes. Funcionou, tudo parece real.

4) Reza a lenda que a atriz Heather Donahue portava um canivete na floresta, pois tinha medo de dormir com dois atores desconhecidos.

5) Os dentes encontrados por Heather eram dentes humanos de verdade, fornecidos pelo dentista do diretor Eduardo Sánchez.

6) Somando todos os arquivos, existem 19 horas de filmagens (!!!), que foram encurtador para 90 minutos de filme.

7) Josh caiu de uma colina na floresta e quebrou as lentes da câmera 16mm durante as gravações.

8) O filme foi exibido em mais de 2 mil salas de cinema nos Estados Unidos, simultaneamente. O recorde batido foi maior do que Star Wars – A Ameaça Fantasma.

9) Foi muito polêmico nos cinemas, porque muitas pessoas saiam das salas incomodadas com o visto em tela. A maioria ficava extremamente enjoada pelos rápidos movimentos de câmera e pelo impacto das imagens na tela grande.

10) Em alguns cinemas dos Estados Unidos, durante a bilheteria, funcionários informavam para o público mais sensível (que vomitasse facilmente), para sentarem nas poltronas do corredor. A medida era tomada para em casos de emergência, o azarado conseguisse chegar ao banheiro rapidamente!

11) O roteiro tinha somente 35 páginas e foi entregue aos envolvidos sem nenhuma programação ou ensaio. A confusão durante as filmagens foi tão grande, que os atores realmente estavam perdidos mentalmente e geograficamente.

12) No final das gravações complicadas, os três atores estavam com o psicológico destruído. Queriam água, comida e atendimentos médicos com urgência, porque estavam feridos pelos tombos que levaram na floresta.

13) A estreia no México ocorreu em um cemitério ao ar livre (!!!), decorado com centenas de velas e uma grande tela entre as árvores!

14) Para muitas pessoas, Bruxa de Blair foi o primeiro filme found footage. No caso, alguma projeção que aconteceu de verdade e foi encontrada depois de certo período. Após o sucesso de Atividade Paranormal, o estilo se tornou bastante popular, mas não podemos se esquecer de pérolas como Canibal Holocausto, que também foi gravado desta maneira caseira.

15) Inclusive, a produção já foi acusada de plagiar Canibal Holocausto e The Last Broadcast, lançado um ano antes.

16) A palavra “fuck” é usada 154 vezes durante o filme.

17) O filme teve duas sequências, uma péssima lançada em 2000 (A Bruxa de Blair 2 – O Livro das Sombras) e uma em 2016, intitulada somente Bruxa de Blair.

CONTAGEM DE CORPOS (3):
Josh: desaparecido na floresta, posteriormente encontrado pedaços de sua camisa xadrez, dentes e sua língua.
Mike: é imobilizado e virado para a parede enquanto Heather é atacada.
Heather: golpeada violentamente, derrubando a câmera no chão com um baque (morte offscreen).

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