sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Sexta-Feira 13 Parte VI - Jason Vive (1986) - Crítica

AVISO DE PERIGO: essa crítica é detalhada e contém SPOILERS, portanto se ainda não conferiu o filme, leia por risco próprio.
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É muito bom poder comentar sobre um filme que gosto muito, no caso Sexta-Feira 13 Parte VI – Jason Vive (1986). Posso garantir que esse é o melhor longa para se assistir em alguma sexta a noite, tomando uma cerveja com os amigos. O clima descontraído e “aconchegante” é o atrativo no novo visual apresentado na franquia, estabelecida até então com cinco produções somente nos anos 80, agora ostentando um tom que agrada e ficaria marcado. Além de termos o retorno de Jason Voorhees em sua forma definitiva, o filme é lembrado por muitos outros fatores importantes e icônicos.

Depois do fiasco irritante que havia sido o filme anterior (clique aqui para ler a crítica), o diretor Tom McLoughlin (Numa Noite Escura, 1983 e Às Vezes Ele Voltam, 1991) resolveu produzir esse novo capítulo, visando uma reformulada na série; isso funcionou muito bem, e mesmo o filme tendo baixo orçamento, é impressionante a ambição que a equipe conseguiu desenvolver na época, com ótimas cenas de ação e um forte humor que não incomoda em nenhum momento. Ainda existem pessoas que não gostam de certos fatores nesse filme, o humor é um deles, já outras criticam a forte estética dos anos 80, com uma temática “pós-vintage”, regada nos embalos do bom rock internacional da época e elementos de metalinguagem. Jason Voorhees já é tratado como mito e lenda, e os elementos saturados do próprio gênero “horror” são fatores conscientes na atitude dos personagens; eles sabem como as pessoas iriam reagir se estivessem em algum desses filmes, e agem fazendo o contrário, se diferenciando do padrão básico.

Introduzindo elementos sobrenaturais na série, esse capítulo também é lembrado por começar as famosas “mortes exageradas”, mas tudo isso se deve a premissa que Jason retornou dos mortos com força acima do normal (ele estava morto desde a ótima Parte IV). Então não vamos o ver mais correndo atrás de suas vitimas, nem gemendo de dor como em alguns casos, agora Jason aparece em sua forma definitiva, sempre andando com seus passos decididos e com poucos movimentos de pescoço (Michael Myers de leve). Esse também é o primeiro filme que ele será afogado novamente e baleado pela primeira vez, fatores que estarei mencionando ao decorrer da nossa conversa. Um fato curioso: o quarto filme pode ser pulado diretamente para esse, excluindo a Parte V, que não abordar nenhum fator que será importante aqui; essa é a famosa forma “machete” de se assistir a maratona da franquia (coisa que fiz na última maratona de VHS), terminando de assistir Capítulo Final, pule Um Novo Começo e venha direto para Jason Vive.

McLoughlin é reconhecido por trazer um filme que tem uma atitude irrelevante em relação à série. O humor dark que a película carrega nunca afeta Jason, e ele sempre é tratado de maneira assustadora, no entanto, todos os outros personagens o tratam como se fosse um mito, uma lenda, e se divertem com isso (esse é o “humor” mencionado). Na época, quem comandava a Paramount Pictures (que produziu seis filmes da franquia) era Frank Mancuso, o mesmo queria que John Shepherd retornasse no papel de Tommy Jarvis, mas ele não aceitou por motivos pessoais. Em minha opinião esse é um fator positivo, porque nunca gostei do Tommy interpretado por Shepherd. Como disse David Kagen, eles não estavam trabalhando como se fosse um filme B ou um projeto trash, realmente trabalhavam em busca da melhor estética possível, melhores luzes e melhores tomadas.

O filme se inicia com Tommy Jarvis (se tornando o protagonista que mais aparece na franquia), agora interpretado pelo ótimo Thom Mathews (que atuou no clássico punk A Volta dos Mortos-Vivos em 1985), rumando para o cemitério numa noite escura e preenchida pela neblina. Tommy esta com seu amigo Hawes, conhecido do broxante instituto Pinehurst (do filme anterior), e os dois estão indo ao cemitério com o objetivo de desenterrar o túmulo de Jason Voorhees. Tommy provavelmente não aguentava mais tantas alucinações com nosso assassino, que lhe dão a impressão que ele continua vivo; para se certificar, ele pretende verificar se o corpo do assassino continua no caixão. Isso não parece uma ideia muito inteligente, ainda mais vindo de Tommy Jarvis, no entanto, aceitamos o seu passado tortuoso e cheio de traumas. Ele precisava de uma absolvição.

Uma noite errada no cemitério.

É claro que isso não da certo: após desenterrarem o túmulo e abrirem o caixão, eles reparam que Jason continuava lá, morto e em estado de decomposição. Descansando para sempre, no final das contas. Ao rever o corpo do assassino, Tommy surta e começa a atacá-lo com uma lança, deixando ela cravada em seu peito. Não demora muito para um RAIO cair na lança, trazendo Jason de volta. McLoughlin visivelmente se inspirou nos clássicos filmes góticos de horror, no estilo Frankenstein, com a eterna ideia de um forte raio natural dar vida para nossa criatura. É clássica a sequência de Jason abrindo os olhos novamente, com o rosto cheio de vermes. Um fato interessante é que nesse filme o vemos sem máscara somente no começo, diferente dos outros, que seu rosto é sempre revelado no final da película.

Hawes não dura nada, e logo tem seu coração arrancado por Jason (!!!), fazendo o público notar a força sobrenatural que surgiu com nosso assassino. Tommy tenta tacar fogo no seu inimigo, mas logo a tempestade começa, trazendo consigo um passado tortuoso que Tommy lutou para “vencer”. Desesperado, ele foge deixando nosso velho Jason firme e forte. Lembrando que Tommy guardou a máscara de hóquei e agora a trouxe para enterrar com o túmulo; azar, porque no momento em que o assassino consegue vesti-la novamente, sabemos que um grande ícone estava “renascendo”, e dessa vez para ficar.

Jason voltando dos mortos.

Temos uma entrada alá James Bond (sério, sabem quando Bond vem andando na abertura e atira contra a câmera? Aqui temos uma situação parecida, com Jason acertando um golpe de facão). A trilha sonora novamente é boa, e teríamos uma grande mudança nos próximos dois filmes, com a famosa "pegada individual" que abordaram.

Após a abertura, vemos Tommy rumando para a delegacia da região com o objetivo de avisar o xerife Garris (David Kagen) sobre o que acabou de acontecer. Como todos devem imaginar, o xerife resmungão não acredita no que nosso herói fala, e com a euforia de Tommy, o oficial resolve prendê-lo em uma das celas da delegacia; local que Tommy passará uma boa parte do filme. Nessa sequência, descobrimos que a colônia Crystal Lake reabriu (finalmente! Não vemos o lugar desde o primeiro filme em 1980!), agora com o nome alterado para acampamento Forest Green, no intuito de apagar as velhas lembranças. Tommy sabe que mesmo eles tendo trocado o nome, sempre será Crystal Lake na cabeça de Jason.

Xerife Garris e sua arrogância.

Os jovens dessa vez não são TÃO retardados como os anteriores, eles satirizam o padrão toda hora. A maioria são rostos novos em Hollywood. Somos então apresentados à filha do xerife Garris, uma bonita garota no melhor estilo “colegial”, chamada Megan (Jennifer Cooke), ela vai ser monitora em Forest Green e deu uma passada para conversar com o pai, trazendo seus amigos agitados: Nikki e Cort (o casal afobado da vez), a animada Sissy e a fofa Paula. Todos vão trabalhar no acampamento, e desta vez, o local realmente abre (diferente do primeiro filme, que a matança acontece enquanto estavam preparando a colônia para a abertura); traduzindo: as cabanas e chalés estarão lotados com crianças bagunceiras. Único filme da franquia que temos crianças inocentes no meio da matança, dando um ótimo clima.

Logo um casal é assassinado na estrada, quando tromba nosso assassino saindo do cemitério, Lizbeth (Nancy McLoughlin, esposa do diretor) e seu companheiro Daren (Tony Goldwyn, bem conhecido por trabalhar em Ghost – Do Outro Lado da Vida em 1990), também estavam rumando para Forest Green quando são assassinados por Jason. Já notamos muito a força sobrenatural no assassino, mas não parece falsa, porque como McLoughlin avisou, se acreditarmos que um raio trouxe nosso velho Jason de volta, não vamos ter problema em vermos cabeças esmagadas com as mãos, ou decapitação triplas (que de fato ocorrem em um momento).

Da esquerda para direita: Paula, Sissy, Cort, Megan e Garris.

Há uma pegada fantástica na trama que funciona muito bem. Ver o verdadeiro Jason Voorhees em tela novamente, agora como um “zumbi”, é satisfatório e nostálgico. Nosso assassino não enrola para começar seu trajeto até a colônia Crystal Lake, assassinando no caminho um grupo que jogava paintball com roupas camufladas, já na manhã seguinte. Essa sequência procura trazer certa “descontração” na película, porque as vitimas são, como sempre, caricaturadas e tontas. Excelente ocasião para tomar uma cerveja e apreciar o body count, que a meu ver, é o verdadeiro objetivo dos slasher movies.

Gabe Bartalos (o maquiador com dicção dramática) faz um bom trabalho, apesar de que algumas cenas da matança foram censuradas, jogando fora vários trabalhos com potencial que poderiam ser vistos em tela. Mas a lealdade com Jason é muito boa, mantendo o trabalho que Tom Savini havia feito, como o enorme corte na cabeça causado pela machadada na Parte III, e o rasgo que quase decepou sua mão; Jason, inclusive, consegue grossas luvas amarelas nesse capítulo, que permanecerão com ele pelos próximos dois capítulos.

O filme é banhado com o clássico rock oitentista: temos I’m No Animal, Teenage Frankenstein, Hard Rock Summer e a LENDÁRIA The Man Behind The Mask, essas últimas três produzidas por Alice Cooper. The Man Behind The Mask é uma das melhores canções para se descrever Jason, e foi feita exclusivamente para o sexto filme; uma mistura de descontração, boa letra e homenagens que somente aquela época pode proporcionar. Vou deixar alguns links no final da crítica com as músicas disponíveis no Youtube. Recomendo!

Aperto de mão amigável.

Só que na primeira oportunidade que o xerife dá para Tommy provar que é civilizado, o rapaz perturbado já causa confusão, ao retornar para o cemitério e querer provar que Jason saiu mesmo do túmulo. Tudo vai por água abaixo, porque o coveiro Martin, um bêbado alucinado, cobriu novamente a cova quando chegou para trabalhar (quem ficou no caixão foi o corpo de Hawes, com somente o pé visível), fazendo Tommy ficar novamente encrencado com o xerife cético, que agora proibi o rapaz de retornar para Forest Green, e o expulsa da região. É claro que Tommy não obedece, e quando a noite vem chegando na neblina, ele retorna para a cidade e forma um plano de emergência visando impedir Jason de provocar outro sangrento massacre.

Jason já começa sua matança pelo caminho até o acampamento, tirando a vida desde o coveiro bêbado até um casal que namorava na floresta (típico dos slasher movies), provoca o capotamento de um trailer, e quando finalmente chega ao seu destino, temos uma boa sensação: ver um membro da família Voorhees novamente diante daquele mesmo lago que Kevin Bacon conversava com sua namorada, lá no já distante primeiro filme. Essa é a essência de Sexta-Feira 13, os pequenos detalhes que fazem valer a pena (ah, e muitos jovens inúteis sendo assassinados das melhores formas rsrsrs).

O coveiro maluco chapando os goles.

A polícia encontra o corpo dos jovens que estavam jogando paintball, e logo o xerife começa a desconfiar que Tommy seja o responsável pela matança, inspirado no que Jason fez com seu passado. Sozinha na delegacia, Megan recebe um telefonema de Tommy e resolve ajudá-lo com um plano: após revisar alguns livros sobre Ocultismo, nosso herói deduz que o único jeito de destruir Jason, seja o levando ao seu local de origem e o matando como na primeira vez, ou seja, afogado no lago da colônia Crystal Lake. Junto de Megan, eles tentam rumar para o acampamento, mas são pegos novamente pela polícia.

A colônia de acampamento Crystal Lake carrega algumas leves diferenças: parece menor e mais movimentada, talvez pelo tempo e pelas inúmeras crianças que compõem o batismo “Forest Green”. Destaque para a garotinha Nancy (nome em homenagem a primeira protagonista de A Hora do Pesadelo), que pede ajuda para as monitoras Paula e Sissy, alertando que esta tendo pesadelos com um monstro, a perseguindo por todo lugar (seria talvez Freddy Krueger?). Existe também uma dupla de moleques que chama a atenção, um bem covarde e o outro todo seguro de si próprio. É interessante ver que Jason não encosta em nenhuma criança, diferente de outros serial killers, como Michael Myers e suas mirabolantes perseguições para capturar a sobrinha Jamie Lloyd. Em uma das cenas, após aproximar extremamente o rosto mascarado em Nancy, a garota começa a rezar desesperada, fazendo nosso Jason se afastar em silêncio.

Tommy Jarvis & Megan Garris.

Mesmo preso novamente, Tommy consegue ajuda de Megan para fugir. Depois de prenderem o policial local Rick (não mencionei o mesmo até agora, por não passar de um inútil desgraçado), os dois rumam novamente para Crystal Lake, agora prontos para executar o arriscado plano de Tommy: amarrar o pescoço de Jason em uma corrente com pedra, e acorrentá-lo no fundo do lago. Isso parece muito difícil, mas Tommy se mostra maduro e determinado o suficiente para novamente cumprir a tarefa que só ele havia conseguido fazer. A simples audácia de matar Jason Voorhees duas vezes, uma criança e outra quando adulto.

Uma das maiores satisfações do filme é quando o cético xerife Garris encontra Jason, depois de não acreditar em nenhuma palavra de Tommy. O xerife não só baleia Jason pela PRIMEIRA vez na franquia (com escopeta e revólver), como também se prova leal pela segurança da filha. Mesmo ele se esforçando, Jason “quebra” o oficial no meio (!!!) em uma bela morte consagrada. Destaque para Thom Mathews, que traz um Tommy eufórico e determinado ao mesmo tempo.

Jason vs. Tommy na luta definitiva.

Com uma dramática cena final, em que acompanhamos Jason se atracando com Tommy em um bote no meio do lago, conseguimos presenciar cenas que jamais imaginaríamos serem colocadas na franquia. Uma dinâmica única separa esse filme dos outros, realçada pela forte adição de ação e perseguições mais ambiciosas. Eles sabiam o que estavam fazendo, e a pegada do longa é ótima em seu clímax. Tommy usa gasolina para incendiar uma parte do lago, forçando o submerso Jason a emergir; com muito esforço, consegue prender a corrente no pescoço do zumbi e deixar a pedra afundar no lago, fazendo ela cair exatamente ao lado da antiga placa "Welcome to Camp Crystal Lake” (vista no primeiro filme), agora pichada e abandonada no fundo do lago. Jason estava sendo enterrado ao lado de seu passado. Simplesmente foda e inesquecível.

Como consequência, Tommy quase se afoga, e é resgatado de última hora por Megan (uma das únicas final girls que, de fato, faz alguma coisa). Megan não só salva a vida do nosso herói, como literalmente DETONA o assassino com a hélice de um bote, ligando e destroçando o seu corpo; esse é um dos motivos pelo qual ele voltará totalmente rasgado e mutilado no próximo filme (clique aqui para ler a crítica), em sua verdadeira forma definitiva, que quase todos conhecem nos dias atuais. É icônico ver Jason afogado novamente, acorrentado no fundo do lago que já havia lhe tirado a vida. Já que parecia impossível matá-lo, a melhor solução era prendê-lo em algum lugar que nunca ninguém encontrará (ou talvez sim... rsrs).

Voltando com as origens.

Essa é a última cena que vemos o conturbado Tommy Jarvis, pois o personagem nunca mais voltaria em algum filme da franquia. Desde a já distante Parte IV nós acompanhamos os passos desse jovem perturbado, que realmente foi o único que conseguiu matar Jason (duas vezes, ainda por cima). Havia um final alternativo, que nunca foi gravado e é encontrado somente em storyboards, onde seria apresentado o pai de Jason, chamado Elias Voorhees. Isso mesmo, eles iriam revelar o tão misterioso Sr. Voorhees, encontrando o coveiro do macabro cemitério e lhe entregando certa quantia em dinheiro. Aparentemente Elias pagava pelos bons cuidados do “túmulo” de seu filho, visando disfarçar as evidencias que o mesmo ainda possa estar vivo. Gostaria de ver esse final gravado com atores e tudo mais, mas os storyboards em desenhos já dão uma noção de como seria a sequência misteriosa.

Nosso assassino aparentemente estava derrotado, no entanto, na manhã seguinte, quando vemos Jason já afogado pelas águas de Crystal Lake, seu olho se mexe repentinamente com um espasmo e a canção The Man Behind The Mask começa a subir junto dos créditos finais; nesse momento, sabemos que aquele não era o fim, era somente um novo começo. Jason vive, para sempre mesmo. Só que como ele conseguiria sair daquela situação?

Quase todos os fanáticos aprovam Sexta-Feira 13 Parte VI – Jason Vive (1986), como um ótimo slasher cheio de sangue, exageros e bons momentos. Não sendo mais do mesmo, porque a equipe realmente procurou fazer um filme especial. Como sempre, teve uma ótima bilheteria e uma análise ruim por base da crítica especializada. A franquia conseguiu tomar o rumo que o antecessor não havia dado conta, e como já dizia a narração que abre o próximo filme (Parte VII), mesmo Jason estando acorrentado no fundo do lago, isso tudo não acabou. As pessoas se esquecem, e ele continua lá, esperando...
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TRAILER DE 1986:
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CONTAGEM DE CORPOS (19):
Assassino Jason Voorhees:
Hawes: coração arrancado com um golpe.
Darren: furado com espeto e arremessado longe.
Lizbeth: espeto cravado na garganta, afogada na lama.
Burt: braço arrancado e rosto esmagado na árvore.
Stan: decapitado por machete (tripla).
Katie: decapitada por machete (tripla)
Larry: decapitado por machete (tripla).
Martin: garganta rasgada com uma garrafa quebrada.
Steven: empalado com a namorada.
Annette: empalada com o namorado.
Nikki: cabeça esmagada contra a parede do trailer.
Cort: faca de caça na cabeça.
Roy: cortado em pedaços e espalhado pela floresta (morte offscreen).
Sissy: cabeça torcida e arrancada.
Paula: esfaqueada por machete.
Oficial Thornton: faca arremessada na testa.
Oficial Pappas: cabeça esmagada pelas mãos do assassino.
Xerife Garris: costas quebradas e corpo torcido no meio.
Assassino Tommy Jarvis:
Jason Voorhees; acorrentado no fundo do lago em Crystal Lake.

sábado, 22 de outubro de 2016

Sexta-Feira 13 Parte V - Um Novo Começo (1985) - Crítica

AVISO DE PERIGO: essa crítica é detalhada e contém SPOILERS, portanto se ainda não conferiu o filme, leia por risco próprio.
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Sexta-Feira 13 Parte V... Por que diabos fazer a polêmica sequência Parte V?... Jason Voorhees morreu no anterior (clique aqui para ler a crítica), então pra quê um novo filme? Essa, leitores, é a pergunta de um milhão de dólares, e a resposta também: se não fosse o nosso poderoso DINHEIRO, não teríamos que presenciar o desprazer reinado nesse tipo de película, com certeza datada de qualidade. Denominado Um Novo Começo, o quinto filme da franquia sangrenta não é água turva de beber, nem se envenenar; trata-se de “mais do mesmo”, sem criatividade e sem ideias novas. É desgastante e tedioso ver certas partes desse filme, até mesmo para os apaixonados. Sou eterno fã da franquia, por isso vou criticar muito esse capítulo, mas ainda existem momentos bons (poucos). Só duas coisas são realmente boas aqui: o fator nostálgico e o clima semelhante com os anteriores.

Surpreendentemente, esse talvez não seja o capítulo mais odiado da franquia, lembre-se que existe o amaldiçoado e ridículo Jason Vai Para o Inferno (1993), conhecido como o filho bastardo da série; mas a Parte V se iguala em muitos aspectos sem sentidos, também possuindo uma trama tosca. Como todos já devem saber nessa etapa, Jason Voorhees não é o assassino do slasher, e somos “presenteados” com o paramédico Roy Burns, se disfarçando do nosso velho garoto afogado para cumprir uma vingança mal desenvolvida. Mas vamos por etapas, primeiro vou conversar sobre o enredo:

Com Jason morto, os roteiristas tentaram dar um novo rumo pra franquia, introduzindo o já citado paramédico Roy como protagonista da matança. Isso não funcionou, porque a história é mal explicada e Roy é um babaca. Acredite se quiser: a trama basicamente se inicia por causa de uma BARRA DE CHOCOLATE, sim isso mesmo, uma barra de chocolate, ninguém leu errado. O maldito e mal concedido diretor Danny Steinmann se esforça para manter a atmosfera dos filmes anteriores, isso funciona em partes, porque esse é o último capítulo que possui a mesma “estética padrão” da franquia, tendo uma diferenciada pop no seu sucessor. Steinmann não era um diretor apropriado para tal tarefa, seu breve histórico prova isso, pois trabalhou em poucos trabalhos, incluindo Savage Streets (1984) e um filme pornô meia boca. Pelo making of, podemos reparar que a equipe não sabia muito bem o que estavam fazendo, só sabiam que era algo importante.

O roteiro escrito por cinco consciências humanas não da conta de fazer sentido em vários momentos. Muitos filmes possuem baixo orçamento, mas conseguem fazer bom proveito da criatividade e determinação; não é o caso aqui. Ainda mais que em 1985 muitos filmes estavam sendo lançados para ofuscar esse, como De Volta Para o Futuro, Rocky IV, Re-Animator, A Volta dos Mortos-Vivos, A Hora do Espanto, A Hora do Pesadelo 2... Entre muitos outros. Era óbvio que Jason corria risco de ficar esquecido. Não estou brincando pessoal, podem conferir em alguns dos vários documentários e making of: os próprios produtores assumem que o filme não é bom e o dinheiro falou mais alto, alguns até enxergam certa profundidade, como Dick Wieand e seus argumentos pífios de leigo; Corey Feldman é outro afirmando que “felizmente” não atuou no filme todo, dando algumas indiretas audaciosas. Tenso.

Paga pau do grande Jason #RoyNoob

Temos uma alucinação como abertura, Tommy Jarvis (interpretado brevemente por Corey Feldman, que estava ocupado com as gravações de Os Gonnies) vê dois babacas desenterrando o túmulo de Jason, sem nenhum motivo aparente. É uma noite chuvosa e eles estão no meio de uma clareira na densa floresta. Tudo bem que é uma alucinação, mas a palhaçada já começa aqui: ao terminarem de abrir o caixão do velho Jason (que por sinal, foi enterrado com máscara de hóquei e tudo), a mão do nosso assassino levanta portando um facão e assassina os dois jovens retardados ali mesmo. Simples assim. Jason já estava trajado no caixão sua icônica máscara e o enorme facão... Mas continuando, Tommy (com cabelo novamente, pequeno detalhe) fica aterrorizado quando vê o brutal e medonho assassino rumando lentamente em sua direção (essa pequena cena me agrada, assumo), e berra loucamente quando é acertado pelo violento golpe.

Forçado, mas é o verdadeiro Tommy.

Já com 17 anos, Tommy acorda assustado, agora na pele do ator sem carisma John Shepherd. Ele esta dentro de um veiculo (parecido com uma ambulância) rumando para um local chamado Casa de Recuperação Pinehurst, que como o nome já insinua, procura recuperar jovens com “traumas” para devolvê-los na sociedade em condições adequadas. Pinehurst não é um instituto grande e profissional, na verdade, se trata de uma simples casa de campo numa região próxima de Crystal Lake que é recheada de caipiras. A casa é coordenada pelo Dr. Matthew (Richard Young, que também fez uma pequena aparição em Indiana Jones e a Última Cruzada), o cozinheiro gente fina George e a nossa final girl sem drama Pam Roberts (Melanie Kinnaman em seu único filme).

A casa de campo não tem nada de instituto de recuperação, porque não possui muitos funcionários (são tipo caseiros), e nem mesmo muros ou algum tipo de grade; isso dá liberdade aos jovens para ir transarem nas fazendas vizinhas, incluindo a propriedade da caipira maluca Ethel, totalmente nervosa, irritada e atrevida com seu filho bobão Junior. Tommy chega ao local com seu jeitão de durão, nunca falando nada (sério, ele fala umas 10 frases o filme todo) e é obrigado a se acostumar com os costumes e regras do local. Sua mãe morreu no filme anterior, mas não temos nenhuma informação sobre o que aconteceu com sua irmã Trish Jarvis, sobrevivente do último massacre.

Tommy e Pam, dois estranhos no ninho.

Conhecemos então os jovens morféticos que estão no local: Tina e Eddie, o casal de lazarentos que só pensam em transar (sempre tem). Jake, o tímido “loser” que ainda por cima é gago e tem uma paixão pela linda Robin (ostentando um dos sorrisos mais bonitos da série). Existe também a antissocial Violet, sempre com os fones de ouvido e dispersa do mundo. Para completar temos o grandalhão estressado Victor, e o gordinho Joey, que só presta para encher o saco... Sério, esse gordinho enche muito o saco, até mesmo sendo mais irritante que o cadeirante Franklin Hardesty em O Massacre da Serra-Elétrica (1974). Não podemos deixar de mencionar o menino neguinho Reggie, neto do cozinheiro George, que esta passando um tempo junto do avô no local; Reggie tem o costume de assustar os outros, sendo enxerido e muito irritante com seu leve toque afeminado (ouch...).

Além dos vários furos, existem também objetos que mudam de lugar quando trocam de cena (muitos mesmo) e uma edição completamente básica (padrão Movie Maker), cheio de fade in e fade out demorados para completar a transição de cenas. A trilha sonora ainda é boa, mantendo o legado; destaque para a canção His Eyes (Pseudo Echo), que dá todo um contraste descontraído no assassinato de Violet, enquanto a mesma faz a “dança do robô”. Curiosidade: no roteiro original, Violet seria assassinada com uma machadada entre as pernas (!!!!), mas decidiram retirar a cena para atingir um publico maior. Ela acabou morrendo com um golpe de facão no peito.

Ahhh, anos 80...

Supostamente Pinehurts é um instituto que visa reformar jovens com traumas, mas logo eles entregam um MACHADO para um dos pacientes cortar lenha... Sim, um MACHADO para um paciente do reformatório. E Victor, o encarregado da tarefa, é completamente estourado e irritado, dando machadadas na madeira como se fosse a única coisa que soubesse fazer. Logo ele começa a ser irritado pelo gordinho peste Joey (parecido com o eterno Shelly da Parte III), que fica insistindo para Victor aceitar uma BARRA DE CHOCOLATE inútil. O que acontece? Victor acerta o gordinho com o machado (!!!) na frente de todo mundo, e esse é o pretexto da matança (vocês já vão me entender, sério).

Irrite um homem com um machado, belo jeito de morrer.

Quando a ambulância vem retirar o corpo de Joey, conhecemos (bem pouco) o paramédico Roy Burns, que demonstra repulsa ao ver o cadáver mutilado. Sem maiores motivos, o paramédico lança um olhar profundo e perverso contra a câmera, e não precisamos ser um gênio para saber quem será o assassino... Joey na verdade é filho de Roy, que o deixou abandonado em vários institutos, e agora começa a matar todos na região para vingar o filho (???), usando a vestimenta que Jason Voorhees usava para disfarçar sua identidade. Minha opinião: essa ideia ATÉ poderia dar certo, mas o “teatro” é feito de uma maneira tão tosca e previsível, que estamos pouco se fodendo para explicações. Fora que o roteiro fica metralhando de vinte em vinte minutos algumas pequenas “dicas” para deduzirmos que Roy é de fato o assassino, isso só estraga o clima, forçando um aprofundamento apelativo para um personagem que não é interessante, nem bem desenvolvido. Saudades do velho Jason e sua brutalidade simples.

Falando do VERDADEIRO Jason, ele ainda aparece um pouco nesse filme, agindo mais como uma “força sobrenatural” nos pesadelos de Tommy. Sabemos que é o verdadeiro Jason pela vestimenta: blusa e calça separadas, com a máscara de hóquei de diamantes vermelhos, diferente de Roy Burns, que usa um macacão “tudo em um” e máscara com diamantes azuis (um belo modelo, pra ser sincero). É bom ver que não esqueceram totalmente do filho de Pamela Voorhees, no entanto ele aparece muito pouco, em vários momentos clichês, quando Tommy olha pela janela, ou então atrás dele no espelho... Tudo bem previsível.

Um trauma que só piora...

Por algum motivo curioso, aqui temos uma das maiores matanças da franquia (depois confiram a sessão “Contagem de Corpos” no fim da crítica) com 21 corpos derrubados em pouco mais de uma hora e meia de projeção. Isso parece ser interessante, mas acreditem, as mortes são ofuscadas pela fotografia abusada; nunca de fato vemos o sofrimento explicito da vitima (como na época de Tom Savini), sempre que o clima é criado, eles cortam com um golpe do assassino, ou algum close exagerado nos olhos da vitima. É broxante porque parece falso, sempre ouvimos o mesmo efeito sonoro nos golpes, assim como nos filmes de luta antigos. Deveríamos sentir medo do antagonista, mas não acontece. As mortes acontecem de dez em dez minutos, por isso não conseguimos sentir o drama; já sabemos quem vai morrer e quem vai viver.

Melhor morte, sem pestanejar.

Em certo momento da trama, o xerife local começa a desconfiar que Jason Voorhees esta causando todos esses assassinatos inesperados, mas logo o prefeito corta o barato, afirmando que Jason está morto e cremado. De fato, o prefeito está certo (não quando afirma que Jason foi cremado), só não contava que um maluco iria usar o protagonista dos massacres anteriores como “pretexto” para disfarçar sua vingança mal planejada. Por algum motivo, Roy decide assassinar TODOS na região de Pinehurst, ao invés de caçar somente Victor, o assassino de seu filho e real alvo. A produção novamente tenta manter o assassino no suspense e anonimato, como fizeram nos dois primeiros filmes; exemplo: quando Roy assassina alguém, nunca o vemos de corpo inteiro, somente algum movimento do braço executando o golpe. Isso soa falso e preguiçoso, e após acompanhar muitas mortes sucessivas nesse padrão, começamos a ficar irritados e entediados. Parece a mesma franquia, só que agora sendo tratada de maneira genérica e desleixada na lealdade.

Nem mesmo Tommy Jarvis consegue ser bom. Sem contar que não fala nada, o menino que havia matado Jason simplesmente não carrega um pingo de carisma; sempre de cara fechada e expressões vazias (na época, tentavam dar um rumo obscuro para o personagem, realçado com o final do filme). Tudo bem, o garoto perdeu a mãe e teve que usar um facão para derrubar o homem que causou isso, em legitima defesa, bom motivo para “ficar de mal com o mundo”, mas gostaria de ver muito mais de Tommy, nessa fase conturbada de sua vida. Ele não comenta nada sobre o acontecido, somente demonstra o trauma que aquilo lhe causou. No próximo filme, o personagem retornará melhor e com um verdadeiro intuito, mas aqui somente fica na expectativa.

Bad vibes... Bad vibes...

Quando a típica noite chega, Pam e Tommy levam o garoto Reggie para encontrar seu irmão Demon (Miguel A. Núñez, que atuou em A Volta dos Mortos-Vivos no mesmo ano, encarnando o punk Spider). Demon é um “maloqueiro consciente” que mora no conjunto de trailers da região e namora Anita, uma mulher chamativa no melhor estilo Jennifer Beals em Flashdance (1983). Tommy arranja briga no local (única coisa que sabe fazer durante o filme todo), ao ser provocado pelo caipira Junior; o perturbado rapaz basicamente espanca o caipira com uma agilidade impressionante. O monstro de fato saiu da jaula nesses anos.

Temos muitos clichês (assim como nos outros filmes), como susto com gatos, carros que não funcionam, tempestade durante a noite, corpos amontoados no quarto... As mortes também estão falsas, pois possuem pouco sangue e muita violência “não vista”. A produção não procura desenvolver a personalidade de Tommy e torná-lo um herói amargurado, inclusive o roteiro até descarta ele já no final da trama (obviamente para gerar suspense e criar um “retorno triunfal”).

Robin e Jake se tornando o casal de mentirinha.

Em certo momento do filme, metade do instituto desaparece e Pam sai para procurá-los, deixando o caminho livre para Roy assassinar um por um como já é de costume. Temos bons momentos, como Jake levando um fora de Robin de um jeito cômico e vergonhoso. Mas, só isso mesmo. O filme vai gastando tempo tentando construir um suspense lento e duvidoso até o momento que Pam retorna e vai encontrando os corpos durante a perseguição final, novamente em uma noite chuvosa e escura pela floresta. Roy é bobão, derrubando portas sem motivos, andando de uma maneira apressada e afetada que aparentemente é exclusividade de todo assassino impostor e exagerado.

A respeito da perseguição final: é tediosa e previsível, novamente em um celeiro (assim como na Parte III). Roy Burns é um homem normal, sentindo cada golpe que recebe, e se tornando inútil rapidamente. Qual a graça disso? O maluco chega todo cheio de audácia, portando seu facão ensanguentado, cinco minutos depois, é acertado no peito e se torna um saco de batatas inútil. Repito: qual a graça disso? Isso é tentar dar um “novo rumo” para a franquia? Que porra? Sem falar que o garoto Reggie é irritante e vive dando gritinhos afeminados; inclusive o moleque atropela Roy com um trator em certo momento, talvez no que deve ser considerado o “clímax” do longa... Juro, se eu tivesse a oportunidade de ter escrito esse roteiro, teríamos um filme melhor. Isso que faltou na produção: um VERDADEIRO fã para guiar os preparativos de uma jogada reformulada, que soubesse os prós e contras de uma boa trama. Steinmann é um bundão que ousou mexer onde não devia.

Olha o rebolado.

Tommy aparece para acabar com o assassino impostor, realmente acreditando se tratar do próprio Jason, mas não demora dois minutos para ser acertado com o facão e ficar debilitado. Juntos, os três conseguem foder com o impostor, quando Tommy basicamente corta fora a mão de Roy, e o derruba do celeiro em cima dos espetos de feno; a máscara cai, e conseguimos ver que não passava do paramédico que apareceu no começo do filme. E o roteiro explica isso com apenas um breve diálogo no dia seguinte entre o xerife e Pam, já no hospital da região, explicando que o gordinho Joey (assassinado no começo) era filho de Roy e blá blá blá... Justificando a vingança sem sentido em forma da "sangrenta" matança.

Roy Burns, o morador mais revoltado de Crystal Lake.

Assumo, a última cena é muito boa e deixa vários rumos que a franquia poderia seguir: Tommy aparece vestindo a máscara de hóquei no hospital, alguns segundos antes de assassinar Pam (ou não, o filme deixa no ar). Uma bela cena perdida no limbo de muitas baboseiras. Não tem como negar que o final anima qualquer um, e deixa o público pronto para mais, instigado para saber o que aconteceu. Mas como todos sabem, Tommy não virou o assassino da franquia, pois eles abandonaram a ideia no próximo longa (parecido com o que aconteceu em Halloween 4 e 5). A ideia é interessante: um rapaz atormentado vestindo a máscara de seu inimigo para aliviar suas dores amarguradas. Sim, interessante, mas somente isso que tivemos.

Uma ideia de grande potencial.

Por sorte, e digo por sorte mesmo, o próximo filme trouxe uma energia única e reformulada (clique aqui para ler a crítica). Ainda havia tempo para nossa sangrenta matança continuar. No ano seguinte um dos melhores filmes da franquia seria lançado, no total intuito de apagar a má reputação ostentada por Sexta-Feira 13 Parte V – Um Novo Começo (1985). Jason estaria de volta, Tommy estaria agindo como um real herói amargurado com um único objetivo. Mas isso é conversa para outra crítica, por enquanto, no ano de 1985, Sexta-Feira 13 deu um solavanco ousado, salvado aos poucos pelo tempo e por fãs apaixonados do idealizado gênero slasher oitentista. Não recomendo esse filme para ninguém, somente se procura se “divertir” (ou se irritar).

“IF JASON STILL HAUNTS YOU... YOU’RE NOT ALONE.”
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TRAILER DE 1985:

CONTAGEM DE CORPOS (21):
Assassino Jason Voorhees (em alucinação):
Neil: machete no estômago.
Les: picador de gelo no pescoço.
Assassino Victor Faden:
Joey: mutilado por machado.
Assassino Roy Burns:
Vinnie: sinalizador enfiado na boca.
Pete: garganta rasgada por facão.
Billy: machadada no topo da cabeça.
Lana: machada no busto.
Raymond: faca de caça enfiada no estômago.
Tina: podão de jardinagem cravado nos olhos.
Eddie: cabeça esmagada contra uma árvore com cordão.
Anita: garganta rasgada.
Demon: Atravessado por lança no banheiro.
Junior: decapitado por um facão de açougueiro.
Ethel: facão no rosto, afogada no ensopado.
Jake: faca de açougueiro no rosto.
Robin: apunhalada com facão por debaixo do beliche.
Violet: facão cravado no peito.
Duke: garganta cortada (morte offscreen).
Matthew: espeto cravado na testa (morte offscreen).
George: olhos arrancados (mortes offscreen).
Assassino Tommy Jarvis:
Roy Burns: derrubado nos espinhos após cair do caleiro.