AVISO
DE PERIGO: essa
crítica é detalhada e contém SPOILERS, portanto se ainda não conferiu o filme, leia por
risco próprio.
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Quem nunca ouviu falar de Freddy
Krueger? É muito difícil nunca ter ouvido, não é mesmo? E não tem como falar do
eterno titio Freddy sem mencionar a longa franquia A Hora do Pesadelo, uma
das maiores contribuições que Wes Craven proporcionou para o mundo. Sem contar
o sucesso de bilheteria e idealização do gênero do horror, esses filmes
(principalmente o primeiro) representam um forte ícone na cultura pop que se
mantem influente até os dias atuais. As produções foram responsáveis por
introduzir diversos elementos que se manteriam registrados no cinema do horror,
como os estereótipos concretos de adolescentes baderneiros norte-americanos e
uma visão completamente interessante sobre o vasto universo dos sonhos. É
brilhante.
A franquia A Hora do Pesadelo já tem
um histórico resistente ao longo dos anos, contando com 7 filmes, um confronto com Jason
Voorhees e um remake meia boca (todos produzidos pela New Line Cinema, menos o
remake). Cada projeção é conhecida por sempre inovar em algum tema, no entanto, como muitos
já devem saber, elas começaram a cair de qualidade drasticamente a cada filme lançado
(principalmente no final dos anos 80 e começo dos 90, época que lançavam o
quinto e sexto filme), perdendo sutilmente o forte clima obscuro para nos
entregar produções despreocupadas, datadas de qualidade e que só servem para
“encher batata”. Mas mesmo com todas as tentativas que os produtores ousaram tomar em cada capítulo, todos os filmes são muito conhecidos por abordarem uma
profunda temática fantasiosa e improvável. São situações em que tudo pode
acontecer; tudo mesmo, assim como nos sonhos.
Com essa crítica iniciamos a segunda
maratona do Portal Tartárico, onde vou analisar todos os filmes da franquia,
assim como aconteceu com Sexta-Feira 13 (clique aqui para acessar todas as críticas); as maratonas já são algo consagrado por aqui, porque elas servem
como um verdadeiro estudo resumido para quem se interessa por algum filme em
particular. São inúmeras informações e muita conversa pela frente, então não
vamos perder tempo. O diretor (e criador) que idealizou essa obra é o mestre
Wes Craven, um dos maiores colaboradores para o terror que a humanidade já teve
no último século. Em 1972, ele havia estreado no cinema com o mal visto
Aniversário Macabro, um dos filmes mais perturbados que já assisti em minha
vida, narrando a grossa história de duas jovens que são estupradas e
massacradas com sadismo e crueldade. Um pouco mais tarde, ele produziu outras
projeções, como o clássico Quadrilha de Sádicos (1977) e O Monstro do Pântano
(1982), foi então que sua carreira decolou de uma vez por todas, quando A Hora
do Pesadelo foi finalmente introduzido na sétima arte. Não podemos deixar de
mencionar que no final dos anos 90 ele chegou com peso novamente, trazendo a
famosa franquia Pânico, outro sucesso absoluto de bilheteria.
Com a trilha sonora, essa abertura é linda.
A cena que abre o filme é
simplesmente maravilhosa: temos um formato diferente de gravação (a imagem pega
somente uma proporção da tela, parecido com um widescreen cortado dos lados), e
presenciamos um homem (o próprio Freddy Krueger, antes de estar com a pele
queimada e com um suéter completamente vermelho, sem as listras verdes)
construindo sua icônica garra de lâminas em uma velha oficina sombria. O charme
é que nunca vemos o seu rosto, somente as mãos trabalhando e a respiração
ofegante. Logo vemos um longo corredor úmido, iluminado apenas pelo fundo
branco (nessa cena acompanhamos os créditos iniciais com o filme rolando,
diferente do que vimos em Sexta-Feira 13 e Halloween, onde preferiram fazer a
abertura para depois começar o desenrolar da história), e esse corredor acaba
levando até uma fábrica velha (com uma grande sensação de desorientação). Tina Gray (Amanda Wyss), jovem bonita e loura,
corre sem rumo pelo local trajando sua longa camisola branca. Destaque para a
cena medronha onde ela se assusta com um carneiro que surge inesperadamente berrando pelo
local (provavelmente se referindo que o lobo está chegando). Tina acaba topando com um corredor sem saída (diante de uma fornalha) e
Freddy pula em suas costas, rapidamente e ocultado pelas sombras. Nessa parte
podemos ouvir perfeitamente a trilha sonora marcante (uma das melhores que existe, sério), transmitindo o mistério
necessário (clique aqui para ouvir); as músicas e temas sempre foram
importantes na franquia, principalmente a partir de A Hora do Pesadelo 3
(1987).
O primeiro pesadelo misterioso.
Tina acorda. Era tudo um pesadelo. No
entanto, percebemos que sua camisola está rasgada em alguns pontos. Esse é o
grande charme dos primeiros filmes: não sabemos exatamente se o que vemos é
sonho ou realidade, a dinâmica do enredo nos confunde em vários momentos,
enriquecendo a tensão; diferente do que vemos no remake morfético lançado em
2010, onde a edição coloca filtros na fotografia quando a vitima está sonhando,
denunciando sua posição e estragando o suspense. Esses “filtros” adicionados no
remake deixam os pesadelos parecidos com o Mundo Invertido visto no seriado
Stranger Things, algo que não combina com a premissa.
Mas enfim, Tina não é a protagonista
da história (algo como acontece com Marion Crane em Psicose), mas sim sua
melhor amiga Nancy Thompson (interpretada pela excelente Heather Langenkamp),
uma garota tímida e reservada que tem um namorado curioso, Glen Lantz (primeiro
papel de Johnny Depp, novinho e sem as mirabolantes maquiagens). Logo após uma breve conversa no colégio, eles percebem estarem compartilhando o mesmo tipo de
pesadelo, e com o mesmo homem queimado que veste um suéter listrado e luvas com
lâminas. No começo tudo parecer uma coincidência estranha, mas as coisas só
pioram naquela noite, porque os pais de Tina vão passar o período fora, e como
a garota não quer ficar sozinha com medo dos pesadelos, resolve chamar Nancy e
Glen para se reunirem em sua residência. O clima misterioso segue forte, e
desconfiamos que algo de errado vai acabar acontecendo.
Freddy Krueger, o Mestre dos Sonhos.
Naquela noite Tina é massacrada em
uma dramática sequência, onde a garota é perseguida nos sonhos até ser rasgada
por Freddy. Essa cena é ouro, pois revela totalmente o assassino pela primeira
vez e ainda nos demonstra como ele ataca por meio dos pesadelos; no caso,
enquanto Tina sonha estar sendo rasgada por Freddy em um beco escuro atrás da
casa, ela na verdade está sendo golpeada deitada na cama, dentro do quarto.
Fora Tina, quem realmente se fode é seu namorado Rod Lane (Jsu Garcia), o badboy
de jaqueta de couro que transava com ela naquela estranha noite; Rod acaba
tendo que fugir para não ser acusado do assassinato. Freddy também faz crianças
aparecerem em seus pesadelos, sempre meninas com vestidos brancos, pulando
corda e cantando a icônica canção de ninar sobre o assassino: “one, two, Freddy’s
coming for you...”, (clique aqui para ouvir).
Tina flutuando em seus sonhos (rsrs).
Acontece que o pai de Nancy é tenente
policial da cidade, Donald Thompson (eternizado pelo veterano John Saxon), e
quando descobre do ocorrido, faz questão imediatamente de prender Rod, o
principal suspeito. Aos poucos, Nancy vai percebendo que aqueles pesadelos
tiveram alguma coisa relacionada com o assassinato, mas nenhum adulto acredita nela,
principalmente seus pais (que são separados, por detalhe). Aquele medonho homem
queimado com garras parecia estar perseguindo os jovens por algum motivo, ela
só não sabia qual. E quando Rod é assassinado dentro da cadeia, durante um pesadelo, suas desconfianças se tornam realidade.
O filme é consagrado em todos os
sentidos. Aqui você vai encontrar uma atmosfera que não existe em outro lugar,
uma paranoia onírica que nunca conseguiu ser imitada em nenhum outro projeto.
Você literalmente se amedronta com a ideia de dormir, um fator que é essencial
para a sobrevivência, e nesse caso, um fator que te levará de encontro com a
morte. Em seus pesadelos, Freddy Krueger é muito mais poderoso que Jason
Voorhees ou então Michael Myers, pelo simples fato do universo onírico o favorecer
totalmente; ele pode fazer o que quiser, da forma e quiser, e com quem quiser.
A dramática Nancy Thompson.
O personagem de Freddy foi perdendo
sua qualidade com o passar dos filmes, virando basicamente um anti-herói na famosa “fase ruim” da franquia: cheio de piadinhas sem graça e falta de carisma (isso
ocorre principalmente em A Hora do Pesadelo 6 lançado em 1991), por sorte,
durante um belo período tivemos Freddy agindo como um verdadeiro assassino,
principalmente aqui no primeiro filme, onde ele é tratado como uma espécie de
demônio sobrenatural e não um protagonista; aparecendo pouco durante os 101
minutos de enredo, e despertando grande curiosidade no público a respeito de
sua história e personalidade, que são deixadas totalmente no escuro nesse
primeiro ato. Segundo o próprio Wes Craven, ele mesmo inspirou elementos de sua
infância nos personagens, o nome do Freddy Krueger veio de um antigo bullying
de sua escola, já a ideia do assassino surgiu quando ele viu um mendigo o
observando pela janela durante a noite; mas não tem como negar a referência ao
seu primeiro filme, Aniversário Macabro (1972), onde o líder da quadrilha de
psicopatas se chama Krueger. O assassino de suéter e luvas com garras é interpretado e
eternizado pelo excelente Robert Englund (em todos os filmes, menos no remake),
ator extremamente aprofundado no papel, entregando o carisma obscuro de Freddy
Krueger (Englund já trabalhou em inúmeras produções do gênero, desde Eaten
Alive (1977) e Mórbido Silêncio (1998), até bombas como Mangler (1995) e Lenda Urbana (1998).
Nunca cochile na banheira, sério.
A cidade de Spingwood tem aquela
atmosfera que Poltergeist – O Fenômeno nos ensinou lá em 1982, ambiente que a
série Stranger Things homenageia atualmente; é um clima de subúrbio
norte-americano que funciona muito bem, cheia de jovens estudantes, pais
preocupados e policiais de peito estufado. Um fato curioso é que Glen vive
escalando a janela de Nancy escondido, para se encontrar com a namorada; outro
eterno conceito que Craven viria a utilizar novamente em Pânico (1996). Glen e
Nancy formam um casal de jovens numa tentativa de união contra o desconhecido;
ele não tem noção do perigo, já ela se mantem extremamente forte, chegando ao
ponto de ficar dias sem dormir para se manter viva. Durante um longo período de
tempo, ela não pode confiar nem mesmo em sua mãe Marge Thompson (Ronee Blakley,
outra veterana do elenco), que vive bêbada e chega ao ponto de colocar grades
na casa achando que a filha está louca.
Glen aka. Johnny Depp meninão.
No entanto, o segredo por trás do
poder do Mestre dos Sonhos é bem fácil: todos sabem que para acabar com um
pesadelo, é só perder o medo dele. Bem simples, não é? Se você perder o medo de
Freddy, ele não tem mais força. E Nancy descobre esse ponto fraco quando sua
mãe acredita em sua palavra, e resolve contar tudo o que está acontecendo: há
muito tempo atrás, Freddy Krueger era um pedófilo (assassino de crianças, no
filme), que acabou sendo vingado por todos os pais que perderam seus filhos.
Linchado e queimado vivo, o assassino arranjou alguma forma de continuar
atacando as pessoas pelos sonhos. Ele era tão assustador que causava pesadelos.
Enquanto existir pessoas com medo de sua presença, ele terá poder o suficiente
para continuar atacando. A matemática é simples nesse primeiro filme: você
precisa enfrentar o seu medo. A mãe de Nancy também foi uma das que ajudaram a
torrar Krueger, e ainda guarda as luvas com garras que ele usou para matar
aproximadamente 20 crianças na região da Rua Elm Street; nessa rua também é
situada a casa de Nancy, local que terá grande importância nos próximos filmes.
Inclusive o título original da franquia é A Nightmare on Elm Street (Um
pesadelo na Rua Elm, traduzindo direto).
O pesadelo da escola.
São tantas cenas antológicas que fica
difícil mencionar todas. Destaque para a dramática sequência que Nancy adormece
no colégio, e acaba tendo um pesadelo envolvendo o corpo de tina se arrastando
pela escola (dentro de um saco plástico, assustador), sem contar que tem seu
primeiro encontro com o titio Freddy antes de acordar berrando. É curioso a
cena que Freddy se disfarça como uma garota nerd que Nancy esbarra no corredor
(inclusive, está com o nariz sangrando e um suéter idêntico), falando "Hey Nancy, no running in the hallway!". Também temos a
eterna cena que ele está para assassinar Glen, então liga para Nancy alguns
momentos antes e diz: “I’m your boyfriend now, Nancy!”, enquanto faz sua
língua atravessar de uma linha telefônica para a outra, para lamber a boca da
garota (!!!). Os “pesadelos lúcidos” de Nancy também são interessantes, com ela
programando o despertador para acordá-la em certos horários, e tendo visões
completamente macabras, como Tina dentro do saco plástico cuspindo uma enorme
minhoca, cobras amontoadas em uma mistura repulsiva, fumaça ambiente, degraus que derretem e
coisas do tipo. Curiosidade: um dos filmes que ela assiste para se manter
acordada é o clássico The Evil Dead (1981).
O surrealismo puro.
Em um dos pesadelos, Nancy agarra no
chapéu de Freddy no momento em que acorda, conseguindo trazer a peça para o mundo
real. Dessa forma, ela deduz que também pode trazer o assassino, se estiver
agarrada nele no momento em que o despertador tocar. Obviamente, no mundo real
o titio Freddy perde todos os seus poderes inimagináveis, sendo somente mais um
mortal qualquer. Com essa motivação, Nancy enche a sua residência com
armadilhas improvisadas, envolvendo marretas, fogo e até mesmo uma bomba feita
com uma lâmpada e pólvora (sim, Nancy é uma das melhores final girls, agindo
completamente independente e motivada, já sabendo os passos do assassino e
retribuindo com antecedência). Ela não consegue salvar seu namorado Glen, mas
consegue trazer Freddy para o mundo real.
A morte de Glen é muito lembrada (e
uma das melhores da franquia), no momento em que acaba cochilando assistindo
televisão e basicamente é engolido por sua cama, tendo seu corpo moído e
cuspido pra fora. A produção gastou mais de 500 galões de sangue nas
filmagens (lembrando que o sangue de Freddy é verde), e durante as gravações
dessa cena ocorreram até mesmo um grave acidente envolvendo o diretor e os
câmeras. O resultado é sensacional, e se tornou uma bela alavancada na carreira de Johnny
Depp.
Freddy com os braços gigantes.
Quando os adultos acreditam em Nancy,
já era tarde demais. A garota consegue trazer Freddy para o mundo real e a
perseguição final é ótima. O assassino apanha muito, é espancado, queimado, cai
da escadaria... Mas as coisas não melhoram, pois ele consegue chegar até o
quarto e matar Marge, mãe de Nancy. Desesperada, a garota rebate Freddy
moralmente, afirmando não possuir medo dele. Após essa sentença fiel, Freddy vê
seus poderes indo literalmente embora (até mesmo o pouco que havia sobrado no nosso mundo real), e acaba se desintegrando ao tentar atacá-la (provavelmente o único
efeito digital do filme, uma desintegração azulada parecida com dos filmes de
ficção cientifica). Tudo estava bem, por alguma razão, porque quando Nancy sai
do quarto, ela já estava no exterior de sua residência com o dia claro no céu,
tudo muito calmo e aconchegante. Sua mãe viva e sorridente. Nada havia
acontecido.
Essas últimas cenas também são antológicas:
Nancy vai tranquilamente para a escola após se despedir de sua mãe.
Todos os seus amigos estão vivos e animados; Tina, Rod, seu namorado Glen...
Tudo de volta ao normal. No entanto, ao entrar no carro do namorado, a capota
se fecha violentamente (pintada com as mesmas listras do suéter de Freddy), e a
canção de ninar começa a ser cantada por um grupo de garotinhas que pulava
corda. Nancy berra desesperada ao notar que aquilo era outro pesadelo, mas o
carro segue viagem, segundos antes do braço de Freddy surgir com violência, e literalmente puxar Marge pela janelinha da porta da residência, em uma cena que já deixa visível que tudo não
acabou... Era somente o começo.
O curioso carro possuído.
Essa foi a primeira parte da nossa
maratona (temos mais seis filmes pela frente), e já começamos com uma grande
análise. Ainda existe muita coisa para falar sobre esse filme, mas as melhores
surpresas acontecem somente quando o filme é realmente apreciado. A Hora do
Pesadelo é uma obra clássica e obscura, em partes, um fator exclusivo somente
desse primeiro ato. Nessa etapa, a cultura pop ainda não havia invadindo a
franquia, e tínhamos muito suspense, drama, ótimas atuação e uso abusado da
trilha sonora marcante (fator que mudara parcialmente durante os anos). Foi um
filme que carregou muitas responsabilidades, e foi responsável por introduzir
Johnny Depp e Heather Langenkamp ao estrelato, alavancar definitivamente a
carreira de Wes Craven e Robert Englund, fora todas as mudanças e inspirações
ocasionadas no gênero do terror; é claro que esse sucesso não ia acabar por
ali, pois no ano seguinte tivemos a continuação que dividi muitas opiniões até
os dias atuais, portando o papo nosso é longo. O charme de A Hora do Pesadelo é
assistir durante as madrugadas, um momento normal para estar dormindo, não é?
Pelo contrário, você vai procurar evitar esse evento, pois nessa situação delicada e
tenebrosa, tudo pode acontecer... Mas então... Estão prontos para sonhar essa
noite?
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TRAILER DE 1984:
CURIOSIDADES:
1) Robert Englund se cortou a primeira vez que vestiu as icônicas luvas de Freddy Krueger.
2) As palavras "Elm Street" nunca foram mencionadas no filme.
3) Em uma cena, Nancy menciona sobre uma droga que ajudaria a evitar os sonhos. A droga é Hypnocil, que acabou tendo grande participação nos próximos filmes da franquia.
4) Uma das razões de Johnny Depp ter sido contratado, foi que a filha de Wes Craven o achava "lindo". Foi o primeiro papel de Depp no cinema.
5) Na cena que Nancy é perseguida por Freddy até sua casa, Heather Langenkamp cortou seu pé e precisou de pontos. Se prestar a atenção nos detalhes da cena, é possível vê-la mancando ao entrar na casa. Não era atuação, e sim uma reação aos danos causados. Se olhar de perto, poderá ver rapidamente uma bandagem de curativo quando a garota sobe as escadas.
6) O primeiro conceito de Wes Craven para Freddy era algo muito mais grotesco, com dentes podres cravados na carne, pus saindo das feridas, e uma parte do crânio visível na cabeça. No entanto, o maquiador David Miller avisou que o ator não seria convincente desta forma, e uma marionete também não daria certo, então as ideias foram abandonadas.
7) Uma máscara de hóquei (muito parecida com a de Jason Voorhees) pode ser vista na estante do quarto onde Nancy tenta dormir.
8) Freddy foi criado por Wes Craven para ser um "assassino silencioso", assim como Michael Myers e Jason Voorhees. Contudo, nos filmes seguintes o vilão acaba ganhando uma personalidade atrevida, que caracterizou o personagem com altas doses de humor negro.
9) Charlie Sheen foi a primeira escolha para o papel de Glen, mas de acordo com o produtor Robert Shaye, ele queria mais dinheiro do que a produção podia pagar. O papel acabou ficando com Johnny Depp.
10) Neste filme a residência em Elm Street tem uma porta azul, mas nos próximos capítulos ganhou a icônica porta vermelha.
5) Na cena que Nancy é perseguida por Freddy até sua casa, Heather Langenkamp cortou seu pé e precisou de pontos. Se prestar a atenção nos detalhes da cena, é possível vê-la mancando ao entrar na casa. Não era atuação, e sim uma reação aos danos causados. Se olhar de perto, poderá ver rapidamente uma bandagem de curativo quando a garota sobe as escadas.
6) O primeiro conceito de Wes Craven para Freddy era algo muito mais grotesco, com dentes podres cravados na carne, pus saindo das feridas, e uma parte do crânio visível na cabeça. No entanto, o maquiador David Miller avisou que o ator não seria convincente desta forma, e uma marionete também não daria certo, então as ideias foram abandonadas.
7) Uma máscara de hóquei (muito parecida com a de Jason Voorhees) pode ser vista na estante do quarto onde Nancy tenta dormir.
8) Freddy foi criado por Wes Craven para ser um "assassino silencioso", assim como Michael Myers e Jason Voorhees. Contudo, nos filmes seguintes o vilão acaba ganhando uma personalidade atrevida, que caracterizou o personagem com altas doses de humor negro.
9) Charlie Sheen foi a primeira escolha para o papel de Glen, mas de acordo com o produtor Robert Shaye, ele queria mais dinheiro do que a produção podia pagar. O papel acabou ficando com Johnny Depp.
10) Neste filme a residência em Elm Street tem uma porta azul, mas nos próximos capítulos ganhou a icônica porta vermelha.
11) Wes Craven ajudou Sean Cunningham a dirigir algumas cenas de Sexta-Feira 13 (1980), em troca, já no fim da produção, Cunningham dirigiu alguns momentos desse filme, quando várias unidades trabalhavam ao mesmo tempo.
12) A maquiagem de Freddy demora 3 horas para ser aplicada em Robert Englund, e o vilão aparece menos de 7 minutos em tela.
13) Heather Langenkamp foi escolhida entre 200 atrizes para interpretar o papel de Nancy, incluindo Demi Moore e Courteney Cox.
14) Quase que o filme não foi lançado. Quando as filmagens estavam na metade, a New Line Cinema (produtora dos filmes) teve o contrato de distribuição rompido. Sem dinheiro, o estúdio ficou 2 semanas sem pagar os integrantes do elenco e a equipe de produção do filme, até um novo acordo ser fechado. Neste período, as filmagens continuaram normalmente, porque nenhum membro abandonou a produção. Mesmo assim, no final de tudo, o sucesso de A Hora do Pesadelo evitou a falência da New Line.
13) Heather Langenkamp foi escolhida entre 200 atrizes para interpretar o papel de Nancy, incluindo Demi Moore e Courteney Cox.
14) Quase que o filme não foi lançado. Quando as filmagens estavam na metade, a New Line Cinema (produtora dos filmes) teve o contrato de distribuição rompido. Sem dinheiro, o estúdio ficou 2 semanas sem pagar os integrantes do elenco e a equipe de produção do filme, até um novo acordo ser fechado. Neste período, as filmagens continuaram normalmente, porque nenhum membro abandonou a produção. Mesmo assim, no final de tudo, o sucesso de A Hora do Pesadelo evitou a falência da New Line.
CONTAGEM DE CORPOS (4):
Assassino Freddy Krueger:
Tina Gray: rasgada enquanto dormia, arremessada pelo teto.
Rod Lane: enforcado com lençol dentro da cadeia.