quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

A Hora do Pesadelo 2 - A Vingança de Freddy (1985) - Crítica

AVISO DE PERIGO: essa crítica é detalhada e contém SPOILERS, portanto se ainda não conferiu o filme, leia por risco próprio.
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Apesar de A Hora do Pesadelo 2 – A Vingança de Freddy (1985) ser um filme de terror, nossa conversa hoje será bem descontraída. Na realidade, por ter sido lançado apenas um ano após seu antecessor (clique aqui para ler a crítica), esse longa já carrega um tom mais “pacífico”, diferente do drama obscuro e onírico que acompanhamos no anterior. Ainda assim, o filme continua bom, porém inferior. Não são todas as franquias de slasher movies que conseguiram continuar boas logo no segundo capítulo, então tivemos sorte. Muitos já devem conhecer esse fato: A Hora do Pesadelo 2 é um filme com muitas referências ao homossexualismo; isso se encaixa na proposta do protagonista e o ambiente que o cerca, mas para ser sincero, tem algumas viadagens que enchem o saco! Principalmente quando o personagem principal age como um banana.

Dessa vez, o mestre Wes Craven decidiu não dirigir a película, somente assinando o roteiro com David Chaskin (segundo ele, não aprovou as motivações que Freddy Krueger teria na trama), e deixou o interessante Jack Sholder comandar essa nova produção; Sholder é conhecido por dirigir muitos filmes B e até engatar franquias famigeradas, trabalhando em Noite de Pânico (1982), Hidden (1987), O Mestre dos Desejos 2 (1999) e Arachnid (2001). Infelizmente, Wes Craven faz muita falta (ele voltaria para escrever o roteiro do terceiro filme em 1987, e para dirigir o sétimo em 1994), mas Sholder consegue se destacar também. Mesmo lançado apenas um ano depois, a franquia agora carrega um tom mais claro, abordando escrachadamente o “american way of life”, famílias tradicionais e suas rotinas cotidianas. Até Freddy tem muito mais tempo em tela, e conseguimos vê-lo muito melhor (no anterior ele sempre era visado nas sombras, ocultado pela escuridão e com poucos diálogos).

Como já conversamos, Freddy não morreu no último filme (deixaram confuso se sim ou não, assim como em um pesadelo), mesmo Nancy Thompson tendo arrancado toda a sua energia ao afirmar não ter medo dele. Só que nesse filme não acompanhamos mais a história da forte Nancy (ela voltará somente no próximo), e agora temos uma trama completamente diferente, mas ainda ligada com os acontecimentos do último capítulo. Enfim, 5 anos depois dos ataques protagonizados por Freddy Krueger, a cidade de Springwood volta a sofrer nas mãos do assassino de crianças, principalmente o afetado jovem Jesse Walsh, que infelizmente, teve o azar de estar morando na mesma residência que Nancy viveu. Freddy começa a aparecer nos pesadelos do jovem, o forçando a cometer atos medonhos, enquanto tenta desesperadamente possuir o seu corpo para conseguir voltar à vida. Essa história até soa interessante, não é? Bem, não é bem assim.

E lá vamos nós.

Vamos começar falando do protagonista: Jesse Walsh (Mark Patton, falhando em ser galã) não é um personagem cativante, muito menos de grande potencial. Ele é o famoso jovem normal que está na fase de se foder na vida. O maluco só se ferra o filme todo; começando pelo seu pai Ken Walsh (Clu Gulager, veterano que também atuou em A Volta dos Mortos-Vivos no mesmo ano), o típico pai de família norte-americano, que vive encanado e enchendo o saco de Jesse porque ele tem um quarto completamente desarrumado. Sua mãe, Cheryl Walsh (Hope Lange), é a clássica mãezona que tem mais poder domiciliar que seu marido, e sua irmã menor, Angela, não presta basicamente pra nada. Sem contar as famigeradas intrigas familiares, Jesse sofre todas as malditas noites, principalmente porque sua residência é muito quente e abafada (quase chegando aos 40 graus, talvez uma indicação que Freddy está agindo no local); o ar-condicionado está quebrado, mas seu pai não tem planos de arrumá-lo tão cedo. Mesmo com todos esses problemas, paralelamente, Jesse começa a ter horríveis pesadelos envolvendo um homem queimado com luvas de garras... Freddy estava voltando silenciosamente. É curioso também que Jesse representa um dos poucos personagens masculinos que são protagonistas finais em slasher movies; todos sabem que geralmente é uma mulher que sobra para ser perseguida depois da matança sangrenta (o termo “final girl” que tanto uso).

O clássico pai resmungão.

O primeiro pesadelo (que abre o filme) é bastante lembrado: Jesse se imagina indo para o colégio, naqueles ônibus amarelos padrão. Os mais ligados já vão logo perceber um detalhe curioso: Robert Englund está no piloto (o próprio Freddy Krueger, só que sem maquiagem)! Alguma coisa vai dar errada, obviamente. E não demora para uma das garotas estranhar que o motorista passou de seu ponto, fazendo o mesmo sair desgovernado pela estrada, entrando em um estranho deserto sem fim. Englund aparece agora trajado como o Mestre dos Sonhos, pilotando a maquina até a mesma se ver em um abismo obscuro (como se fosse um inferno mirabolante); mas como todos devem imaginar, Jesse acaba acordando antes de ser assassinado.

Logo de cara já percebemos algumas diferenças entre os dois primeiros filmes: a mais chamativa é a estética oitentista, e a outra provavelmente seja a sutil mudança na trilha sonora, mas ela continua sendo icônica e muito boa (clique aqui para ouvir). Freddy também aparenta estar mais encapetado, abrindo um belo berro quando se revela para os jovens. A cena é muito boa, porém sofre com as atuações pastelonas.

O ônibus pendurado nas profundezas do inferno.

No dia seguinte, após o café da manhã com seus pais, Jesse vai para o colégio com sua nova “paquera”. Digo “paquera” entre aspas porque o rapaz é lerdo em todos os sentidos, demorando muito para engrenar alguma coisa com a garota; tudo bem que ela se demonstra doce, sensível, tímida e blá, blá, blá... Mas até mesmo na hora H quem toma a atitude é ela... Jesse é um banana maldito! A garota é Lisa Webber (Kim Myers, de Hellraiser IV e Cartas de um Assassino), uma belíssima ruiva encantadora que parece transmitir confiança. Ela e Jesse não são namorados nem ficantes, somente vão para o colégio juntos, mesmo assim ainda fica evidente o “climinha” entre os dois. No sábado à noite tudo estava certo para eles darem seu primeiro passo, porque Lisa estava organizando uma festa na piscina de sua grande mansão colonial. A oportunidade perfeita para os pombinhos (apesar de achar que o grande momento poderia ter rolado bem antes).

Lisa & Jesse.

No colégio conhecemos a galera da vez: Ron Grady (Robert Rusler), conhecido apenas como “Grady”, é um amigo canastrão badboy que vive complicando a vida de Jesse (isso já é mostrado logo de início, quando os dois brigam no campo de baseball). Temos também o técnico Schneider (Marshall Bell, outro veterano perdido), um dos caras mais chatos que existe; sempre dando ordens com seu jeitão durão e de poucas palavras. Inclusive, reza uma lenda no colégio que o técnico Schneider frequenta os bares gays da região (???). Existem momentos bem bizarros na escola, até mesmo fizeram Jesse cochilar durante a aula de biologia (parecido com Nancy no filme anterior), só que entregando um pesadelo nada assustador e bem risível: enquanto no primeiro, Nancy acompanhava o corpo mutilado de sua amiga Tina pelos corredores, e via Freddy se auto rasgando para assustá-la, aqui Jesse somente se assusta com uma cobra e abre um puta berro dentro da sala de aula kkkkk. Se parar para pensar, nem foi um pesadelo, porque a cobra que pertence ao professor realmente se enrolou no garoto enquanto ele dormia tranquilamente.

Os jovens na escola, isso não vemos em Sexta-Feira 13 (rsrs).

Freddy (Englund novamente) não economiza em suas aparições, deixando os pesadelos de Jesse cada vez piores: durante várias noites, o garoto acorda devido ao calor em seu quarto e sempre tromba com Freddy pela sua casa, o avistando na fornalha do porão e até vendo as coisas derreterem, pássaros explodindo... Freddy também não demora em revelar seu verdadeiro objetivo em um ótimo pesadelo, quando encurrala Jesse no corredor da residência e afirma (com poucas palavras) que pretende possuir o corpo do garoto para voltar à vida, “você tem o corpo, eu tenho o cérebro”, Freddy anuncia antes de rasgar a própria cabeça e revelar seu cérebro. Por falar nisso, nesse filme o assassino já começa com suas frases de efeito, as quais agregam bastante personalidade no personagem. São inúmeras frases icônicas que ele solta durante a franquia (principalmente nos próximos capítulos), mas isso vai acabar desgastando uma hora, algo que vamos acompanhar nas análises.

Um encontro marcado.

Vou falar das tais “viadagens” que mencionei no começo da crítica: temos inúmeras durante o filme inteiro, desde referencias nas frases, como “Schneider sempre está com o pau na bunda” (kkkkkk), temos também bundas masculinas (até mesmo do protagonista), bares gays e outras coisas que só servem para gastar o roteiro e não agregarem nada na narrativa. Por exemplo, em Laranja Mecânica (1971) também tínhamos órgãos genitais expostos em inúmeras cenas, mas era tudo muito bem distribuído. Era uma forma de misturar sexo e arte com grandeza e sem restrições; diferente das cenas bizarras que temos aqui, principalmente uma envolvendo Jesse arrumando seu quarto depois de sabe-se lá quanto tempo: o rapaz afetado se inspira ao dançar a música Touch Me All Night Long (clique aqui para ouvir) e faz um show ridículo, requebrando a cintura, usando um suporte de madeira com segundas intenções e até mesmo fechando sua gaveta com empinadinhas de bunda (???)... Que porra é essa? Quem vai gostar desse protagonista metido a gogo boy?... Sem contar que Lisa aparece de supetão e pega o rapaz no flagra, todo animadinho kkkkkk.

No entanto, temos uma cena bem importante após ele e Lisa finalmente arrumarem esse maldito quarto: eles encontram o diário de Nancy! Lembram que Jesse vive na antiga residência dela? Pois bem, lendo o diário, Jesse começa a se identificar com os pesadelos que a mesma afirmava estar sofrendo, tudo estava ligado com ele, ou então, com aquela casa. Essa era a cartada final para nosso protagonista começar a desconfiar que está realmente em perigo. Ele é fraco e levado facilmente, porém Lisa é forte, procurando fazer de tudo para manter a sanidade do rapaz mal resolvido na vida.

KKKKKKK Sim, eu consegui o gif dessa cena ridícula!

Eles descobrem que o homem dos pesadelos é Freddy Krueger, o assassino de crianças da Rua Elm. Procurando fundo nas informações, Jesse conhece muitas coisas sobre a família Thompson, descobrindo que Nancy foi enlouquecendo aos poucos e outro fato importante: é revelado que a mãe de Nancy acabou se matando na sala da residência; esse é um tópico discutível, pois como é mostrado em A Hora do Pesadelo 3 – Os Guerreiros dos Sonhos (1987), Freddy assassina os jovens e os deixam mortos como se fosse um suicídio. Ele simula o suicídio para acharem que suas vitimas foram malucas enquanto vivas. Poderia muito bem ter feito isso com Marge, mãe de Nancy, não é? Obviamente, o pai de Jesse trata todas essas informações com grande ceticismo, afirmando que devido às tragédias, ele conseguiu um bom desconto na hora de comprar a casa. Tendo somente Lisa para recorrer, o jovem se vê em apuros, precisando se manter acordado assim como a antiga moradora fazia.

Também temos uma breve e ótima cena em que Jesse e Lisa vão até a antiga fábrica que Freddy trabalhava quando era vivo. Um gigantesco local abandonado no meio de um campo de terra, bizarro e assustador. Mas a cena não adiciona muita informação, pois continuamos no escuro a respeito da história completa de Freddy, coisa que vamos começar a acompanhar somente no próximo filme.

A cena da língua ainda continua tensa.

Tudo deu errado quando Jesse é “possuído” e acaba assassinando o técnico Schneider no chuveiro da escola (outra cena bizarra). Freddy ainda não havia conseguido tomar o corpo do garoto para assumir sua verdadeira forma física, mas o psicológico já estava basicamente comprometido. “Mate por mim”, essa frase resume a batalha que Freddy impõe na vida do jovem, tudo isso enquanto o mesmo é acusado pelo pai de estar usando drogas e perdendo a cabeça. Jesse tem consciência que matou Schneider, mas tenta ocultar o acontecido.

Então finalmente temos a eterna festa na piscina, situada na bonita mansão colonial de Lisa. Seus pais estão em casa, por isso as músicas ficam controladas até a hora de dormirem, depois, somos presenteados com belas canções que resumem bem aquela etapa dos anos 80 (deixei uma sessão no final da crítica com os melhores sons no Youtube, recomendo!). A festa ocorre o melhor impossível nas primeiras horas, muita paquera e namoricos, cerveja de sobra, o típico churras norte-americano (carne de hambúrguer e salsicha), tudo isso embalado pela bonita noite. Jesse, pra variar, fica tenso o evento todo, perpetuado pelos pensamentos de Freddy, que nessa etapa já havia ferrado com o rapaz.

O começo de tudo.

Em uma das cenas mais estranhas, Lisa faz de tudo para animar nosso protagonista, até lhe dando um beijo (finalmente!), mas Freddy acaba invadindo novamente suas atitudes, fazendo uma grotesca língua roxa cair em cima de Lisa durante as preliminares. Desesperado para não matar mais ninguém, Jesse corre até a residência de seu amigo Grady, e é agora que temos provavelmente a melhor cena do filme. Assim como Nancy e Glen no filme anterior, Jesse pede para Grady vigiá-lo enquanto ele dorme, e se caso alguma coisa estranha aconteça, para acordá-lo imediatamente; é claro que Grady acaba dormindo enquanto assistia ao clássico Flash Gordon (1936) na televisão. Sempre achei interessante o fato de Grady ter um cobertor de couro (bem criativo). Mas enfim, Freddy ataca novamente, só que dessa vez pra valer: ele começa a tomar o corpo de Jesse, e acaba saindo pelo seu estômago em uma clássica cena. Sim, isso mesmo! Vemos o nascimento de Freddy por uma forma grotesca, com pele rasgando, olho espiando pela garganta, muitos gritos e dores. Grady presencia tudo isso gritando desesperado pelos pais, preso no quarto com o demônio; ele acaba sendo a primeira vitima da noite alguns momentos depois. Detalhe: Freddy agora está sem suas luvas, e suas lâminas literalmente saem da ponta de seus dedos. Bem agonizante se pensar bem, mas no próximo filme ele voltará com a boa e velha luva de garras. A maquiagem de Kevin Yagher é um ponto muito forte. Posteriormente, ele viria a ficar bastante conhecido por criar o boneco Chucky em Brinquedo Assassino (1988), por trabalhar em várias projeções e séries, como no eterno O Dentista (1996) e Contos da Cripta (1989), também voltando na franquia A Hora do Pesadelo no terceiro e quarto filme.

O nascimento sempre é lindo.

A matança começa agora, já no final do filme, quando Freddy volta para a festa na piscina e faz a festa com os jovens, assassinando uma porrada em poucos minutos. Antes de sua aparição, coisas estranhas acontecem na festa, como globos de luzes explodindo, salsichas e latas de cerveja estourando, sem contar que a grande piscina começa a ferver sem mais nem menos, basicamente formando um grande panelão ao ar livre. Freddy faz questão de surgir no meio da comemoração, rasgando os jovens com inspiração e crueldade. Até mesmo o pai de Lisa surge com uma espingarda para “matar” o intruso, sem sucesso, é claro.

Interessante que mesmo Freddy estando no mundo real, seus poderes continuam mais fortes do que nunca. De fato, ele renasceu por meio da possessão, e agora tem tudo facilitado. No filme anterior também o vemos no mundo real, só que muito fraco e sem seus poderes; acontece que agora, muitos jovens estão o medo do assassino (principalmente durante o ataque na piscina) e isso é tudo que Freddy precisava para se manter forte. O famoso nome Freddy Krueger traz pesadelos em qualquer um, principalmente nos jovens, e como já dizia Hermione Granger em Harry Potter e a Câmara Secreta (2002): “o medo de um nome, só faz aumentar o medo da própria coisa”... Uma boa analogia, se pensar bem.

You are all my children now!

Desesperada, Lisa faz de tudo para parar seu "namorado”, se mostrando uma final girl bem dedicada, porém muito sensível com o emocional. Ela ainda consegue ver Jesse por debaixo daquela carcaça, ainda mais quando Freddy começa a imitar a voz do rapaz, pedindo ajuda e falando que a ama. A perseguição chega até a velha fábrica que o assassino trabalhava quando vivo, e temos mais uma porção de cena bizarras, dignas de pesadelos, como cachorros com rostos de bebês humanos (isso mesmo que você leu!!!), um enorme rato selvagem que aparece para Lisa e destrói um gato com dentadas (!!!), e uma que me incomoda bastante, no caso, Lisa vê o machucado em sua perna repleto de formigas! Freddy basicamente estava fazendo seus pesadelos acontecerem no mundo real, sem poder ser impedido. No entanto, a garota tinha um plano pelo qual ele não contava: o amor. Isso mesmo, o belo e maravilhoso amor. Freddy precisava que tenham medo dele para continuar firme e forte, mas e o amor? Pode parecer uma coisa estranha no começo, mas faz total sentido na premissa. Na fábrica abandonada, Lisa perde o medo de Freddy (não tão sofisticada como Nancy) e age de uma forma que nunca mais veremos na franquia, ao destruí-lo com um breve beijo. Ela amou Jesse naquele momento, pois sabia que ele tinha sido a conexão entre as duas almas possuídas. O amor ultrapassa qualquer barreira, inclusive do medo. Um slasher movie terminando com uma “moral da história” emocional... Estranho ou lindo?

O beijo sempre salvando... Essa tem coragem!

Na última cena, já percebemos que tem alguma coisa errada: todos estão vivos e tranquilos, indo para a escola em uma bela manhã... Todos que vimos morrer estavam de volta... Nada aconteceu... Isso não lembra alguma coisa? Tipo o final do filme anterior?! Sim, isso mesmo, é um pesadelo novamente. Pelo jeito, Freddy ainda não morreu, pois seu braço inesperadamente atravessa Kerry no ônibus escolar, furando a menina ao meio. Novamente vemos o veiculo saindo desgovernado pelo deserto sem fim, exatamente como o filme começou. Muitos devem pensar que Jesse ou Lisa voltariam no filme seguinte, mas estão enganados, pois eles vão manter o padrão, abordando uma história diferente em cada capítulo, porém as mantendo conectas nos eventos já desenrolados. Essa última cena no ônibus não me agrada muito, mas é o que temos, não é?

O próximo filme é meu preferido em vários conceitos, por isso estou bem animado para analisá-lo tomando algumas cervejas. Em A Hora do Pesadelo 3 (1987) eles viriam a trazer antigos personagens e tramas de volta, isso é muito satisfatório. Vou ser bem sincero: encarar uma sessão de A Hora do Pesadelo 2 – A Vingança de Freddy (1985) pode ser uma boa pedida, principalmente se você procura se divertir com um clima descontraído; é um bom filme, no final das contas. No entanto, nunca comece a franquia por esse, não funciona. A franquia onírica tem ótimos filmes, esse pode ser um deles, depende o jeito que você encará-lo.
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TRAILER DE 1985:
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CURIOSIDADES:
1) Brad Pitt, John Stamos e Christian Slater fizeram testes para o papel principal de Jesse Walsh. Até mesmo Michael J. Fox foi cogitado, mas o rapaz estava compromissado com De Volta para o Futuro e Garotos Perdidos, também lançados em 1985.

2) David Chaskin escreveu o roteiro com referências ao homossexualismo. O diretor Jack Sholder afirmou que estava totalmente inconsciente disso.

3) A cena que Freddy aterroriza a festa na piscina foi vista pelo elenco como a mais absurda do filme. Acredita-se que ela quebrou a regra imposta por Wes Craven no primeiro capítulo, ou seja, Freddy estava atacando as pessoas enquanto elas estavam acordadas.

4) O maquiador Kevin Yagher substituiu David Miller, que havia feito o visual de Freddy no primeiro filme. Yagher somente tinha algumas fotos e o filme original para usar de referência, então ele acabou "redesenhando" a aparência do vilão, estudando fotos de pessoas queimadas, visivelmente destacando os ossos da face.

5) Heather Langenkamp nunca foi chamada para retornar nesse capítulo, pois a produção não cogitou introduzi-la na história.

6) Esse é o único filme da franquia que não usou a trilha sonora original, ou então alguma variação dela.

7) O olho que aparece na garganta de Jesse (em 58 minutos de projeção) são da namorada do maquiador Kevin Yagher.


8) Neste capítulo Lisa encontra o diário de Nancy Thompson, entretanto, no primeiro filme nunca vemos Nancy escrevendo em algum diário.


CONTAGEM DE CORPOS (10):
Assassino Jesse Walsh:
Técnico Schneider: rasgado durante o banho (preso no chuveiro).
Assassino Freddy Krueger:
Ron Grady: furado no estômago pelas garras e preso na porta.
Convidado #1: rosto cortado pelas lâminas da luva.
Convidado #2: caiu na piscina fervendo, basicamente cozinhado até a morte.
Convidado #3: também caiu na piscina fervendo.
Convidado #4: arremessado no fogo e carbonizado.
Convidado #5: furado com espeto.
Convidado #6: golpeado no estômago pelas garras.
Convidado #7: arremessado em churrasqueira.
Kerry: atravessada no peito pelas lâminas.

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