AVISO
DE PERIGO: essa
crítica é detalhada e contém SPOILERS, portanto se ainda não conferiu o filme, leia por
risco próprio.
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Hoje vamos falar sobre uma produção
muito polêmica entre os amantes dos filmes de terror, porque sem sombra de
duvidas, A Hora do Pesadelo 4 – O Mestre dos Sonhos (1988) foi o capítulo que
chegou para marcar uma nova fase na franquia onírica, conseguindo dividir
opiniões até os dias atuais. Tem que ame, tem quem odeie. Não existe meio termo
por aqui. Desta vez não temos nenhum envolvimento de Wes Craven na produção, e
com certeza isso não é um bom sinal (ele voltaria somente no ótimo A Hora do
Pesadelo 7).
Esse capítulo é bastante conhecido
por diferenciar sua forma de abordagem, algo que já estava estabelecido com 3
produções em 4 anos (a franquia começou em 1984). O padrão não foi seguindo
desta vez, e diferente do que muitos podem imaginar, o filme embarcou de vez na
contagiante cultura pop que prevaleceu na gloriosa década de oitenta,
basicamente entregando ao filme um ritmo bem diferente do que estávamos
acostumados até então, gerando as tais polêmicas mencionadas. Assumo que o
longa continua sendo bom em seu objetivo de entreter o público, independente
das inúmeras situações bizarras que iremos acompanhar ao longo dessa crítica. Não
só bizarras, como também inteligentes e charmosas. Pesadelo 4 talvez marca o
último filme antes da franquia engatar de vez em produções conturbadas (me
refiro ao quinto e sexto filme, obviamente). Mesmo Freddy Krueger sendo tratado
aqui de uma maneira jamais vista, ainda sentimos que se tratava de um filme de
terror que marcou época, inclusive tendo uma das maiores bilheterias da
franquia, estimulada em quase 50 milhões no mundo todo. Sim, leitores, antes de
a New Line produzir clássicos bilionários como O Senhor dos Anéis, a franquia
dos pesadelos basicamente tirou a companhia do buraco, isso é inevitável.
O diretor da vez é Renny Harlin,
craque nos filmes de ação (principalmente pelo seu envolvimento na franquia
Duro de Matar) e agregando alguns filmes de terror na carreira, como Do Fundo
do Mar (1999) e Exorcista – O Início (2004). A direção e fotografia se mostram
eficientes em várias cenas, com alguns toques ousados (rodopios e planos-sequências
estilo vídeo clipes), porém sem maiores novidades, pois o roteiro começa a
repetir situações que já havíamos visto antes, e não são poucas. Mesmo com alguns problemas, esse capítulo continua sendo muito interessante,
principalmente por dar continuidade na última história, nos apresentando tramas
e personagens muito mais aprofundados no universo dos sonhos, realmente botando
nossa cabeça para funcionar em vários momentos. Mas fica uma dica: é necessário
ter assistido o último capítulo para entender esse.
Ainda continuando!
Logo no começo vemos a nova entrada
da New Line (aquela dos rolos de filmes avançando em fundo azul) e a abertura
já começa nos mostrando que a cultura pop vai ser forte, ao ouvirmos a clássica
canção oitentista “Running From This Nightmare” (novamente, deixarei uma lista
com os links das melhores músicas no final da crítica). A mensagem que abre
esse capítulo é: “Quando o sono profundo recai nos homens, o medo me atinge com
tremor. Fazendo todos os meus ossos chacoalharem”. Novamente um belo começo. No
ritmo da música, a produção carrega uma fotografia parecida com vídeo clipes,
enquanto vemos uma garotinha desenhando com giz de cera, na calçada, a imagem
da antiga residência da Rua Elm. Nessa etapa do campeonato, já conseguimos
adivinhar que começamos com um pesadelo, pois a franquia já se acostumou a
sempre abrir seus filmes dessa maneira. Assim sendo, logo vemos Kristen Parker,
ela mesma, a protagonista do filme anterior (agora interpretada por Tuesday
Knight, porque Patricia Arquette estava grávida durante as filmagens).
Se no filme anterior (clique aqui para ler a crítica) os sonhos
lúcidos foram bem explorados, aqui são do mesmo jeito! A capacidade de se dar
conta que está sonhando, e aprender a manipular o evento (até mesmo ganhando habilidades)
é uma das maravilhas mais intrigantes que existe. Kristen, já tendo passado por
tudo aquilo em Pesadelo 3, agora sabe como agir e quem enfrentar em suas experiências
oníricas. Ela ainda possui a incrível habilidade de puxar outras pessoas para
dentro dos pesadelos; inclusive, tem o costume de puxar seus amigos para o
sonho sempre que a situação esquenta, mas com a morte de Freddy, as noites são
muito mais tranquilas.
A nova Kristen.
Seus amigos são ninguém menos que os
sobreviventes do filme anterior, formando o que restou dos Guerreiros dos
Sonhos, Kinkaid (Ken Sagoes) e Joey (Rodney Eastman), ambos reprisando seus
personagens. Logo no começo do filme, no primeiro pesadelo, Kristen entra na
residência na Rua Elm e consegue sentir a presença de Freddy. Assustada, ela
puxa os dois amigos para o sonho com o objetivo de se sentir mais segura, e
para avisá-los que os pesadelos estão mais fortes (um sinal que Freddy pode
estar voltando de alguma forma), mas é claro, ninguém acredita. É muito
eficiente a forma como o roteiro trata os personagens antigos, não dando
nenhuma explicação sobre suas habilidades ou motivações, porque já havíamos
acompanhado tudo isso no último filme; agora a trama pode ser desenvolvida com mais maturidade e tempo, no lugar de ficar se prolongando em informações.
Kristen é um ótima, e tem
uma habilidade muito interessante. Tuesday Knight entrega uma personalidade
muito mais aberta em sua atuação, diferente da garota antissocial e reservada
que vimos em Os Guerreiros dos Sonhos. Ela é muito mais extrovertida aqui,
nos mostrando uma aparência que se encaixa perfeitamente nos anos 80 (no melhor
estilo Cindy Lauper). Sem deixar de mencionar que as duas atrizes foram
igualmente bonitas nessa época gloriosa.
Seria esse o sonho molhado? rsrs
Os outros dois sobreviventes também
mudaram bastante suas atitudes: o negão gente fina Kinkaid continua com seu
jeito autoritário e preocupado, mas perdeu aquela paranoia alucinante que tinha
no último filme. Joey é outro personagem bastante querido de se ver novamente,
principalmente porque ele foi mudo durante grande parte de sua vida, porém,
após o pesadelo que destruíram Freddy Krueger em Os Guerreiros dos Sonhos, Joey
conseguiu voltar a falar depois de muito tempo; ele ainda tem aquela personalidade calma, mas está muito mais sociável e com um belo cabelão estiloso.
A vida dos sobreviventes mudou
bastante desde o filme anterior: eles não estão mais internados no hospital
psiquiátrico Westin Hills, e agora levam uma vida normal na cidade de
Springwood, podendo frequentar o colégio e tudo o mais. Falando do colégio, é
nele que conhecemos os jovens da vez, todos com personalidades únicas novamente;
talvez a mais lembrada seja Debbie (Brooke Theiss), uma gostosona que
representa bem aqueles anos, famosa por ter a morte mais dolorosa desse
capítulo. Temos também Sheila, uma pirralha asmática que dirige uma lambreta
azul. Kristen está namorando um “badboy comediante” chamado Rick, lutador
dedicado nas artes marciais, sempre querendo ser o centro das atenções.
Importante mesmo é a irmã de Rick, uma bonita garçonete chamada Alice Johnson
(Lisa Wilcox), que também é a melhor amiga de Kristen, e tem um pai
insuportável, o Sr. Dennis (Nicholas Mele). Na verdade, Alice é a protagonista
desse filme (isso só acontece após a morte de Kristen, algo que já vamos
conversar). Para completar, ainda somos apresentados ao típico gostosão da
escola, Dan Jordan (Danny Hassel), rapaz que Alice está interessada já faz um
tempo. Nos filmes de Freddy Krueger, felizmente não somos bombardeados com
jovens casais que só prestam para transar e morrer (a franquia Sexta-Feira 13
mandou um abraço caloroso), aqui temos outra dinâmica.
Alice, Rick e Kristen... Ahh, os anos 80!
O retorno de Freddy é completamente
bizarro. No último filme, ele foi destruído e enterrado em solo sagrado,
basicamente durante um ataque duplo contra o assassino, onde Nancy Thompson
liderava os Guerreiros dos Sonhos em um pesadelo, enquanto seu pai, Donald
(eterno John Saxon), e o Dr. Neil enterravam seus restos mortais em solo
sagrado. Pois bem, acontece que Kinkaid tem um pesadelo junto de seu cachorro
Jason (sim, total referência à franquia Sexta-Feira 13, que também havia feito
uma homenagem em seu sexto filme, ao mostrar uma garotinha chamada Nancy tendo
pesadelos durante o ataque de Jason). Enfim, kinkaid sonha com o mesmo lugar
que Freddy foi enterrado (nem me lembrem daquele esqueleto maldito mostrado no
último desfecho), e uma das cenas mais bizarras do filme acontece: seu cachorro
basicamente urina uma labareda de fogo em cima da cova de Freddy (!!!!),
trazendo nosso demônio de volta. Sem brincadeira, tem hora que os roteiristas
fumam um belo baseado para conseguir ter ideias aleatórias como essa! Os ossos
se juntam novamente, mas no lugar de formar aquele esqueleto tosco, Freddy é
regenerado por completo, tendo seus órgãos, pele queimada, e todo o resto
restaurado. Kinkaid tenta usar sua superforça para matá-lo, mas o serial killer
é muito mais esperto; depois de uma boa sequência de perseguição no ferro
velho, Kinkaid é assassinado sem ter como lutar. Para quem ainda não sacou,
Freddy tem o objetivo de assassinar todas as crianças restantes em Elm Street
(devido aos seus pais, que o queimaram vivo), e as únicas que sobraram foram
Kristen, Kinkaid e Joey, portanto, um já foi. Freddy é novamente interpretado
pelo ótimo Robert Englund, sempre entregando o aprofundamento que o personagem necessita.
Cada vez mais poderoso.
O próximo que se ferra é Joey:
deitado em seu quarto assistindo televisão (parecido com Johnny Depp lá no
primeiro filme), o rapaz acaba dormindo enquanto observava o pôster de uma loira
peituda que ele tem de decoração. Como não sabe do retorno de Freddy, acaba
dormindo tranquilamente em seu enorme colchão d’água. Seu sonho começa muito
bom, pois ele vislumbra a loira de biquíni literalmente dentro de seu colchão
(como se fosse uma profunda banheira); a felicidade dura pouco tempo, pois
Freddy surge rasgando a porra toda, e afogando Joey em seu próprio pesadelo.
Outra cena bastante interessante é
quando Kristen desmaia na escola. Só parem para pensar... A garota estava evitando
dormir, porque sabia que Freddy estava retornando, agora ela desmaia!
Oportunidade perfeita para o assassino se aproveitar da garota desprotegida, proporcionando
o clássico pesadelo do hospital a tarde, onde vemos Freddy disfarçado de enfermeira. É
assustador e divertido.
Lembram da mãe de Kristen, Elaine
Parker? Novamente interpretada por Brooke Bundy, essa mulher arrogante está
muito pior do que vimos no último filme... Agora, chegando ao ponto de colocar
remédios e drogas na bebida da garota para ela dormir! Ao fazer isso, acaba basicamente
comprometendo a vida da filha em uma de minhas cenas preferidas; drogada, Kristen
tenta desesperadamente sonhar com algum lugar bonito e tranquilo (lembre-se:
você comanda seus sonhos), e isso dá certo, pois a garota se imagina em uma
bonita praia tropical ensolarada, um cenário que nunca havíamos visto na
franquia e nunca mais vamos ver. Quando tudo parecia estar na maior paz, as
garras de Freddy surgem no oceano, como se fossem a barbatana de um tubarão (provável
referência à Tubarão de 1975). Para quem havia gostado muito de Kristen, podem
ir se preparando, pois o assassino aparece marcando presença na praia (vestindo óculos
escuros, like a boss) e detonando a antiga protagonista, jogando seu corpo dentro
de uma fornalha. Em seus desvios psicológicos,
Kristen acaba puxando Alice para dentro do pesadelo antes de morrer, envolvendo
de vez sua amiga inocente nessa história.
Freddy foi queimado quando era vivo,
devido aos inúmeros assassinatos de crianças que o mesmo cometeu (isso é
contado lá no primeiro filme, clique aqui para ler). No entanto, sua vingança
foi algo muito pior, porque ele caçou friamente os filhos das pessoas que lhe
mataram e, com a morte de Kristen, todas as crianças da Rua Elm estavam mortas.
Sua vingança estava basicamente cumprida.
Come to Freddy, baby!
Nos sonhos lúcidos da franquia, as
pessoas descobrem possuir habilidades especiais, e isso não é diferente com
Alice: após o pesadelo que Kristen morre, ela descobre ter a capacidade de
extrair o poder de outra pessoa, ou seja, após Kristen bater as botas, Alice
acaba sugando sua habilidade e desenvolvendo a dádiva de puxar outras pessoas
para seus pesadelos. Como eu já havia mencionado, o roteiro se torna bastante
complexo e inteligente, aproveitando várias possibilidades que o universo dos
sonhos pode proporcionar. Alice, agora dotada de um poder que não tem
conhecimento, acaba ganhando hábitos que não tinha antes, como fumar cigarro
(Kristen fazia isso). Sem contar que desenvolve um grande
relacionamento com o bonitão Dan, que se revela muito simpático.
Ela também acaba descobrindo o poder
da pior forma: sem querer, durante seus pesadelos, ela acaba puxando seus
amigos para a morte. É muito bem construído o drama envolvendo a garota, ela
procura fazer de tudo para permanecer acordada (sem sucesso, é claro), pois
cada vez que acaba cochilando, acaba presenciando a morte de algum amigo sem
poder fazer absolutamente nada. Freddy vê na garota uma oportunidade para
continuar fazendo suas vítimas, por isso não a ataca de imediato. Como o
assassino é inteligente, o truque é somente mantê-la viva e sonhando. No caso,
uma espécie de looping.
O beijo fatal!
As situações que já estamos
acostumados se repetem aqui, mostrando que a franquia começava a sofrer em
alguns fatores: nos pesadelos, novamente temos crianças pulando corda e
cantando a canção de ninar de Freddy (ouça aqui), triciclos infantis andando sozinhos,
oficinas e fábricas abandonadas como cenário, pais preocupados que nunca
acreditam nos filhos (esse fato, inclusive, parece ser uma grande mensagem
transmitida pela franquia)... Felizmente, temos mais uma boa carga de mortes
interessantes: Sheila, por exemplo, tem um pesadelo quando dorme na escola
(assim como nos dois primeiros filmes) e acaba recebendo um beijo de Freddy,
que lhe suga todos os órgãos pela boca!!! Como a garota é asmática, ao verem
ela se contorcendo durante a prova, pensam que está sofrendo um ataque por
causa da doença! São situações muito bem armadas, enriquecidas principalmente
pela ótima atuação de Robert Englund, que depois três produções na pele do
assassino dos sonhos, consegue basicamente encarnar o personagem com uma
facilidade impressionante; Englund é um mestre no que faz, sabendo dar vida ao
vilão em pequenos gestos. Sem contar que nesse filme ele aparece muito mais, em
várias formas e com novas frases de efeito para ficar marcado.
Provavelmente a morte mais lembrada
(e dolorosa) do filme é da gostosona “flashdance” Debbie, que tem o pesadelo da
ginástica, onde Freddy força seus braços até estourarem. Sabendo que o maior
nojo da garota é baratas, o Mestre dos Sonhos transforma (aos poucos) nossa
ousada garota em uma grotesca barata gigante! A ótima maquiagem (novamente de
Kevin Yagher) deixa a cena chocante, no estilo de A Mosca (1986). Ela acaba ficando
metade humana metade inseto, pois Freddy não demora em esmagá-la.
No pain, no gain.
Em uma das cenas mais interessantes
do roteiro, Freddy mantém Alice e Dan presos em um looping enquanto dorme,
repetindo a mesma cena pelo menos umas quatro vezes. Isso confunde o público do
mesmo jeito que os personagens estão perdidos. Na cena que Alice é puxada para
dentro da tela do cinema, temos referência ao clássico Um Lobisomem Americano
em Londres (1981), sem contar que o filme que estava passando na sessão era
Reefer Madness (1936), lendária produção religiosa sobre “maconheiros assassino”.
Em uma cena, Freddy também menciona a obra Alice no País da Maravilhas (1865).
Já no final, Alice e Dan sofrem um
acidente de carro e ele acaba se ferindo gravemente. Levados até o hospital,
Alice sabe que os médicos iram sedá-lo para prosseguir com a cirurgia,
basicamente o entregando para Freddy. Sem alternativas, ela ruma desesperada
para sua casa antes que Dan adormeça e, agora colecionando os poderes de todos
os seus amigos mortos, a final girl toma vários remédios para dormir sem
hesitar, com o objetivo de encontrar Freddy o mais rápido possível. A cena é
bem empolgante, muito devido à montagem e trilha sonora; por falar nisso, as
músicas não tem como serem melhores! Recomendo que deem uma passadinha pela
lista de links no final da crítica!
Alice e Debbie no velório.
A batalha final é numa igreja (que
voltará a aparecer no próximo filme), onde acompanhamos Alice dando um baile em
Freddy, devido aos seu poderes adquiridos, principalmente a habilidade de lutar
muito bem (recebido do irmão). Nesse final, o assassino também marca grande
presença, aparecendo bastante com suas típicas atitudes bizarras e marcantes. É
uma batalha interessante, pois as criancinhas que Freddy já assassinou em vida
(aquelas que ficam pulando corda com vestidos brancos) ficaram acompanhando o
desfecho de camarote na igreja.
O Mestre dos Sonhos quase consegue
ganhar, mas Alice usa sua própria imagem para destruí-lo (pegando um espelho e
lhe mostrando seu reflexo). Como revelado no filme anterior, o poder de Freddy
vem das almas de suas crianças, todas armazenadas em seu interior. Com essa
revelação do próprio mal (“no reflexo do olho da minha mente, o mal vai se ver,
e assim vai morrer.”), Freddy acaba sendo destruído mais uma vez (vão fazendo
as contas que tem muito mais!), e vemos todas as almas de suas crianças
rasgando seu peito de dentro para fora, até explodirem sua cabeça aos poucos.
Alice havia aprendido a controlar seus sonhos agora, e estava pronta para tudo.
O fim do pesadelo... Será mesmo?
O final nos deixa na dúvida se teríamos
mais algum filme: Alice firma um relacionamento com Dan e os pombinhos parecem
mais felizes do que nunca, no entanto, ao jogarem uma moeda na fonte dos
desejos de uma praça, Alice vê rapidamente o reflexo de Freddy na água... Mesmo
assim, ela vai embora tranquilamente.
A Hora do Pesadelo 4 – O Mestre dos
Sonhos (1988) é um ótimo filme (mesmo com seus erros de cenário e produção), se mostrando inteligente, divertido e
contagiante. Sendo assim, é considerado o último capítulo antes da queda de
qualidade na franquia. Temos uma ótima trilha sonora, bom roteiro e muitos
personagens queridos pelos amantes da saga de Freddy Krueger; fora isso, Alice
se prova uma grande final girl, provavelmente muito melhor que Kristen no
anterior. Vale a pena assistir Pesadelo 4, principalmente para curtir uma boa
noite. Com o sucesso estrondoso, no ano seguinte a New Line Cinema já nos bombardeou
com outro filme que, obviamente, vai nos render uma bela e descontraída conversa.
Mesmo o Mestre dos Sonhos sendo destruído novamente, essa história não iria acabar
tão cedo.
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TRAILER DE 1988:
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CONTAGEM DE CORPOS (6):
Assassino Freddy Krueger:
Kinkaid: furado várias vezes pelas garras.
Joey: rasgado com golpe, puxado para dentro da cama d’água e afogado.
Kristen: arremessada dentro da fornalha, queimada viva.
Sheila: beijada por Freddy, tendo todos os seus órgãos sugados.
Rick: no clássico pesadelo de lutas marciais, é golpeado no estômago pela garra invisível.
Debbie: membros decepados até ser transformada em uma barata gigante (viva a criatividade, meus amigos!)